Isabel II tinha “uma forma de cancro nos ossos”, revela Boris Johnson em memórias
Em Unleashed, o antigo primeiro-ministro britânico discorre sobre a sua relação com a monarca ao longo dos três anos que ocupou o número 10 de Downing Street.
A rainha Isabel II “tinha uma forma de cancro nos ossos”, lê-se no novo livro de memórias de Boris Johnson, Unleashed (“libertado” ou “sem restrições” são possíveis traduções), que é lançado no Reino Unido a 10 de Outubro, acrescentando que “os médicos receavam que a qualquer momento ela pudesse entrar num declínio acentuado”.
Num excerto revelado pelo Daily Mail, o antigo governante conta ainda detalhes sobre o seu último encontro com a rainha, no Castelo de Balmoral, dois dias antes da morte da monarca, durante a passagem de testemunho para Liz Truss, em que soube, através do secretário pessoal de Isabel II, que o estado de saúde da monarca tinha piorado “muito” durante o Verão”.
Durante os momentos em que se sentou com Isabel II, escreve Johnson, “ela parecia pálida e mais encurvada, e tinha nódoas negras nas mãos e nos pulsos, provavelmente devido a gotas ou injecções”, ressalvando que a mente da monarca estava “completamente sã”. Sobre as reuniões ao longo dos três anos em que assumiu o Governo, Boris Johnson recorda-os como um “privilégio”. E explica: “Era um bálsamo, uma forma de psicoterapia gratuita. Era como estar na escola e ser levado a tomar chá por uma avó muito querida.”
Dois dias depois daquele último encontro, que ditou o fim do mandato de Boris Johnson, foi anunciada a morte de Isabel II, aos 96 anos; a certidão de óbito, divulgada algumas semanas depois, falava em causas naturais, ou seja, dizia que a rainha morrera de velhice.
O Palácio de Buckingham ainda não comentou a indiscrição de Boris Johnson, mas esta não é a primeira vez que se fala da existência de um cancro. Em Elizabeth: Um Retrato Íntimo, de 2023, o biógrafo real Gyles Brandreth escreveu que havia sobre rumores sobre uma forma rara de mieloma, um cancro na medula óssea, o que explicaria os “problemas de mobilidade”, que justificaram a sua ausência de vários eventos durante o seu último ano de vida.