Rui Rocha espera que Governo recuse propostas do PS para não se desviar da IL
Para o líder liberal, se o Governo da AD ceder à intransigência do PS sobre a descida da tributação fiscal estará a “empatar o país” e a afastar a Iniciativa Liberal do executivo.
O presidente da Iniciativa Liberal (IL) desafiou este sábado em Torres Vedras o Governo da Aliança Democrática (AD) a recusar as propostas do PS para o Orçamento de Estado (OE) de 2025 para "não se desviar da IL" e "não atrasar o país".
"Qualquer passo que a AD dê no sentido de viabilizar as propostas que o PS apresenta é um passo claro no sentido de se afastar obviamente da visão da Iniciativa Liberal e de continuar a atrasar o país", afirmou Rui Rocha, na sessão de abertura do no Encontro Nacional da Juventude do partido.
Para o líder da IL, ao posicionar-se contra a descida de impostos, o PS "está a querer empatar o país e que o país continue pela via da estagnação".
A posição do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, "é uma guerra ao orçamento, uma guerra aos portugueses, uma infracção à prática política", criticou Rui Rocha, defendendo que "é ao Governo que cabe a iniciativa de apresentar uma proposta de orçamento".
O presidente da IL mostrou-se favorável à descida do IRC, ainda que considere que esse decréscimo tem de ser significativo para se atingir os objectivos do país, e desfavorável em relação à redução do IRS para jovens.
Rui Rocha alertou que descida do IRS poderá ser inconstitucional e criar desigualdade, defendendo antes a descida do IRS para todos.
"Queremos um país que compra clientelas ou um país com igualdade para todos", questionou, para logo afirmar que, "se for um país com oportunidades para todos temos de baixar a sério o IRC, porque é uma maneira de cativar o investimento estrangeiro e isso tem como consequência a subida de salários para todos, que beneficiam os jovens que estão no mercado de trabalho e têm mais qualificações".
Considerando que a "tributação das horas extraordinárias é agressiva", a IL propôs que "passem a ter uma tributação máxima de 15%".