Pedro Nuno quer ser o primeiro-ministro do primeiro-ministro
Segundo a doutrina pedro-nunista, qualquer governo que precise dos votos da oposição para aprovar um Orçamento do Estado, passa a ser um executante do programa do segundo partido mais votado.
Devo dizer que a intervenção de Pedro Nuno Santos na tarde de sexta-feira foi dos momentos mais surreais a que assisti nos últimos anos, e Deus sabe como não tem faltado surrealismo à política portuguesa. Pedro Nuno apresentou-se como se tivesse chegado do Palácio Ratton com um novo cargo constitucional que acabara de oferecer a si próprio: o primeiro-ministro do primeiro-ministro. É o mundo de pernas para o ar. Segundo a nova doutrina pedro-nunista, qualquer governo que seja eleito em minoria, e precisar dos votos da oposição para aprovar um Orçamento do Estado (OE), passa a ser um executante do programa do segundo partido mais votado. O PS governa quando ganha, e também governa quando perde.
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