A bloquização do PS

O vazio é tal que tem de se socorrer de um assomo serôdio de causas fraturantes para aparecer no debate público.

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O PS de 2024 tem semelhanças que não são meras coincidências com o PSD de 2015. Nessa altura, o PSD, que havia passado muitos anos garantindo que não era um partido de direita, nem de centro-direita, a ser alguma coisa seria um partido de centro-esquerda (vi muitos achaques de conhecidos militantes tradicionais quando ouviam que a aliança natural do PSD era com o CDS, jurando a pés juntos proximidade ao PS), entendeu que tinha de fazer prova inabalável de pertença inquestionável à direita. Houve deriva conservadora, houve experimentalismos pela nova direita (André Ventura não nasceu no vácuo, diria alguém da ONU). No partido, mais importante que ganhar eleições era ganhar o carimbo da direita e do antissocialismo. Validação ideológica valorizava-se mais que convencer eleitores.

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