Gato caminha mais de mil quilómetros e reúne-se com a família após dois meses desaparecido

O casal foi acampar no parque de Yellowstone, nos Estados Unidos, e o gato desapareceu no primeiro dia de férias. Dois meses depois, foi encontrado no estado onde vivia, através do microchip.

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Rayne Beau antes de desaparecer e quando voltou Facebook de Susanne Anguiano
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Benny e Susanne Anguiano foram passar férias ao Parque Natural de Yellowstone, no estado do Wyoming, nos Estados Unidos, e levaram os dois gatos. Um deles desapareceu logo no primeiro dia. Quanto tiveram de ir embora, queriam acreditar que Rayne Beau voltaria, mas parecia improvável. Dois meses depois, o gato apareceu - tinha andado mais de mil quilómetros em direcção a casa, na Califórnia.

Em Junho, foram acampar para Yellowstone, e mal chegaram lá o siamês ficou inquieto com alguma coisa, os donos nunca chegaram a perceber o que era. Depois desapareceu e as férias transformaram-se numa busca pelo animal, espalharam os brinquedos favoritos e alguma comida na esperança que Rayne Beau regressasse, mas tiveram de voltar a casa. “Mesmo quando estávamos a sair de carro, baixei a janela. Continuei a chamá-lo e continuamos a procurar na estrada. Foi muito traumático”, contou a dona ao USA Today.

O casal adoptou outro gato para manter a irmã de Rayne Beau acompanhada. O regresso do siamês parecia impossível, o parque de Yellowstone é maior do que alguns estados e seria difícil alguém encontrá-lo. Mas passados dois meses, Susanne Anguiano recebeu uma mensagem de voz Pet Watch, um serviço de monitorização de animais de estimação. Inicialmente, pensou que poderia ser uma fraude, mas quando o marido recebeu a mensagem começou a perceber que Rayne Beau poderia mesmo ter sido encontrado.

O gato tinha andado mais de mil quilómetros em direcção a casa, estava longe, mas já no estado da Califórnia e tinha sido identificado graças ao microchip. Quando chegaram ao sítio onde estava, perceberam que era mesmo Rayne Beau: “Quando soubemos de certeza, ficámos em lágrimas. Estávamos todos a abraçar-nos e a chorar”, disse Susanne.

Ainda não se percebeu como é que o animal se deslocou ao longo de tantos quilómetros, mas as marcas eram visíveis: tinha perdido metade, tinha as patas desgastadas e os veterinários notaram, após análises, que o gato tinha níveis de proteína muito baixos.

Agora que está de volta a casa, os donos querem alertar para a importância dos microchips, já que se não fosse essa informação, a probabilidade de se reunirem de novo era ainda mais baixa. Nos Estados Unidos, apenas um em cada 50 gatos encontrados voltam para os donos, mas quando têm microchip o cenário melhora bastante: dois em cada cinco conseguem reencontrar a família, segundo a Associação de Médicos Veterinários Americana.

“[Se amam os vossos animais] vão fazer isso [pôr microchips] se alguma vez quiserem voltar a vê-los, porque tudo pode acontecer. Por muito cuidado que se tenha, os animais são animais e pode acontecer algo como aconteceu connosco”, alertou Susanne Anguiano.

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