Média da Euribor a 12 meses nos 2,995% até 19 de Setembro

No conjunto dos créditos à habitação a taxas variáveis, a taxa de juro média ainda está muito elevada, em 4,417%.

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Ritmo de descida das prestações é bem mais lento que o das taxas Euribor Manuel Roberto
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As taxas Euribor aceleraram o ritmo de descida, e a média da Euribor desde o início de Setembro até esta quinta-feira já desce abaixo dos 3%, situando-se mais precisamente em 2,995% (3,166% na totalidade do mês de Agosto), o que já não acontecia desde Dezembro de 2022. Também os prazos a três e a 12 meses têm caído nas últimas sessões, situando-se os valores médios em 3,305% e 3,467% respectivamente.

Também nos prazos mais curtos os valores correspondem a mínimos desde Março de 2023, no caso da Euribor a seis meses; e a Maio, também do ano passado, na de três meses.

Embora ainda muito dependente dos valores a fixar até ao final do mês, a expectativa actual é a de que a média final da Euribor a 12 meses fique abaixo dos 3%.

A descida das Euribor demora, contudo, a reflectir-se nos cerca de 70% dos créditos à habitação que actualmente estão indexados a estas taxas, que são revistos a cada três, seis ou 12 meses, conforme a taxa do contrato.

A provar isso mesmo estão os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para a taxa implícita, que, apesar da queda pelo sétimo mês consecutivo, ainda se situava em Agosto em 4,417%, apenas menos 0,07 pontos percentuais face ao mês anterior. Face ao mesmo mês do ano passado, a taxa implícita caiu 0,328 pontos.

Os dados do INE – calculados com todos os regimes de taxas, ou seja, os associados às taxas Euribor, mistas e fixas – mostram que a fatia de encargos com juros ainda continuou a representar 60% da prestação média.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses (neste caso entre Maio e Julho), a queda da taxa de juro é um pouco mais expressiva, passando de 3,713% em para 3,665% em Agosto, ou menos 0,048 pontos percentuais.

A prestação média da totalidade dos contratos fixou-se em 404 euros, um euro abaixo do mês anterior, mas mais 25 euros (ou 6,6%) do que em Agosto de 2023, o que se explica pelo aumento do montante dos novos créditos contratados no último ano.

Do valor médio da prestação, 60%, ou 242 euros, corresponderam a pagamento de juros, e os restantes 40%, ou 162 euros, a capital amortizado.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu seis euros em Julho face ao mês anterior, para 617 euros.

Também o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 345 euros face a Julho, fixando-se em 66.874 euros. Nos contratos recentes a subida é ainda mais expressiva, subindo 1250 euros face ao mês anterior, para 128.791 euros.

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