“Criminosos” e “interesses” no fogo? Já dei para esse peditório

Se o Estado quer mesmo ir atrás do grande responsável por estas atrocidades, basta ir à casa de banho e olhar-se ao espelho.

Ouça este artigo
00:00
03:25

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Quando eu era novo, também pensava que a culpa dos grandes incêndios era dos “criminosos” incendiários e dos “interesses” da indústria do fogo. Mas depois cresci, li, ouvi e aprendi. Pelos vistos, Luís Montenegro não cresceu, não leu, não ouviu, nem aprendeu. As declarações musculadas que fez numa alegada conferência de imprensa – digo “alegada” porque não houve mais uma vez direito a perguntas, um hábito muito pouco democrático – representam um claro retrocesso em relação ao passado e àquilo que se começava a aproximar de um consenso generalizado sobre a questão dos fogos. A saber: as principais causas dos grandes incêndios são sociais, ambientais e políticas – não são judiciais, nem criminais.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.