Reforma florestal derrapou e falha no cuidado dos espaços rurais

O Plano de Acção que pôs em marcha a reforma de 2017/18 mudou as prioridades, passou a apostar na prevenção e reduziu o flagelo dos fogos. Mas perdeu velocidade e está a falhar as metas para 2030.

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Floresta em Vila Pouca de Aguiar Tiago Lopes
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Num balanço que produziu há dois anos para avaliar a evolução do Sistema de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (SGIFR), a agência nacional que coordena e monitoriza as suas acções de combate e de prevenção (AGIF) apresentou uma série de bons resultados que acabavam com um aviso severo: “Estamos apenas a ganhar tempo. Temos de tomar mais medidas já.” Face ao desastre dos últimos dois dias, em especial nos distritos de Aveiro e de Viseu, o aviso parece premonitório. Na altura, a AGIF reconhecia que não tinha sido “possível concretizar melhorias fundamentais” contra as ameaças dos incêndios e um ano depois, no seu relatório de 2023, essas debilidades persistiram ou acentuaram-se. Na medida destinada a “cuidar dos espaços rurais”, onde entram operações sensíveis como a limpeza das matas, a protecção das imediações dos espaços urbanos ou a intervenção na gestão da paisagem, a taxa de execução ficara-se pelos 53% da meta proposta.

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