Luís Montenegro anuncia construção de 59 mil casas até 2030

O primeiro-ministro anunciou que o Governo vai duplicar o número de casas previstas no PRR, passando de 26 mil até 2026 para 59 mil até 2030.

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Luís Montenegro anunciou a construção de 59 mil casas até 2030 JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA
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O primeiro-ministro anunciou, esta sexta-feira, a construção de cerca de 59 mil casas até 2030, duplicando as 26 mil prometidas até 2026, inicialmente previstas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O aumento do número de fogos vai implicar um investimento adicional, a juntar aos 1,4 mil milhões já financiados pelo PRR, de 2,801 mil milhões de euros, um valor que sairá do Orçamento do Estado.

Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro assegurou que “todos os projectos que estão ou estavam em curso mas não tinham financiamento” terão “o financiamento assegurado no Orçamento do Estado”.

De acordo com o ministro das Infra-Estruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, o executivo vai financiar a 100% 36 mil casas, ou seja, mais 10 mil do que o anterior executivo. As restantes 23 mil serão financiadas a 60%.

Quando o Governo da Aliança Democrática entrou em funções, teriam sido entregues 1 600 casas, das 26 mil, segundo os dados de Miguel Pinto Luz. E, por isso mesmo, o ministro pediu o empenho das autarquias para que seja possível cumprir o objectivo de construir 26 mil casas até 30 de Junho de 2026, meta do PRR.

Para Miguel Pinto Luz este é o "maior investimento público das últimas décadas" em habitação.

Em Alcanena, no distrito de Santarém, Luís Montenegro deu conta de que esta foi uma decisão tomada pelo Governo no Conselho de Ministros da passada quarta-feira.

O primeiro-ministro criticou aqueles que "muitas vezes imputam a este governo" um determinado tipo de estigma ou estratégia, já que estão "condicionados pelos seus próprios complexos", "marcadamente ideológicos".

“Nós não temos esses complexos”, afirmou Luís Montenegro, defendendo que o problema na habitação não se resolverá sem iniciativa privada, mas sublinhando que o Estado deve assumir a sua responsabilidade.

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