Temos presos a mais e não guardas a menos

Entre os 47 países do Conselho da Europa, temos o valor mais elevado para a duração média de penas de prisão, com uns notáveis 30 meses (a média é de 12).

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Há um lado entre o rocambolesco e a aparente desagregação sistémica na fuga dos reclusos de Vale dos Judeus que é motivo para preocupação. Uma fuga aparentemente bem planeada que funcionou porque as câmaras filmaram mas não estava ninguém de serviço para ver as imagens, num estabelecimento prisional sem diretor há quatro meses e que tem uma cerca elétrica desligada, pois quando é ativada o quadro da prisão salta. Sabemos também que o tempo que mediou entre a fuga e o momento em que PSP e PJ foram informadas foi estranhamente longo – três horas num caso e cinco noutro. A crer no Correio da Manhã, o alerta terá mesmo sido dado a um guarda prisional por um recluso: “Fugiram cinco!”, exclamou.

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