O pêlo do cão da TAP e o horror do país à iniciativa privada
Conheço muito bem negócios com pêlo do cão. A maneira como Neeleman sacou 226 milhões à Airbus para capitalizar a TAP não é um desses casos.
Quando o tema é a TAP, há tantos políticos portugueses inocentes como meninas castas num bordel. Só nos últimos dez anos, a lista de vergonhas é de fazer corar o Marquês de Sade. A venda da TAP a David Neeleman pelo segundo Governo de Passos Coelho, quando já sabia que não tinha quaisquer condições para se manter no poder e que o PS não aprovava o modelo de privatização, é uma vergonha. A negociata feita pelo Governo de António Costa com Neeleman e Humberto Pedroso para reverter essa privatização em 2016, e fingir que a companhia aérea regressava à esfera do Estado quando, na prática, renunciava à quase totalidade dos seus direitos económicos, é uma vergonha ao quadrado.
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