Nos meses que se seguiram ao diagnóstico de demência ao meu companheiro, Alex, em 2019, mais do que uma pessoa me aconselhou a “salvar-me”. O que queriam dizer era que eu devia mudar o Alex para um centro com cuidados assistidos e continuar com a minha vida. Não era uma sugestão descabida. Alex era 23 anos mais velho do que eu — 75 contra os meus 52. Apesar de estarmos numa relação há 18 anos, vivíamos juntos há menos de um ano. Não éramos casados. Ele tinha duas filhas adultas. Não tinha de ser eu.
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