Colocado não significa alojado. “Já vi quartos que parecem despensas, sem janela e com humidade nas paredes”

Este ano lectivo mantém a tendência de alojamento estudantil dos seus antecessores: não há ou é incomportável. Eis as histórias de Júlia, Maria e Aníbal.

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O problema do alojamento estudantil mantém-se neste ano lectivo Nelson Garrido
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O alojamento estudantil não é um tema novo, mas está longe de estar resolvido para os milhares de estudantes que mudam de cidade quando entram na universidade. Maria, que trocou o Porto por Lisboa para poder fazer um mestrado, já contactou mais de 30 senhorios e continua sem alojamento garantido. Aníbal, de 21 anos, foi convidado a sair do quarto que habitou nos últimos quatro anos, apesar de se ter predisposto a acomodar o aumento do preço imposto pelo senhorio, e confronta-se agora com alternativas que "mais parecem despensas: sem janela e com humidade nas paredes". Entre espaços a 500 euros partilhados com outras dez pessoas ou pedidos de adiantamentos de quatro ou cinoco rendas, Júlia, que virá do Brasil com destino ao Porto, encontra burlas todos os dias nos grupos de arrendamento no Facebook e já admite passar um período com uma amiga, que está em Braga, enquanto não arranja solução.

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