Pelo menos nove mortes em acidentes aéreos em combate a incêndios em Portugal nos últimos 15 anos

Registaram-se desde 2009 cerca de uma dezena de acidentes envolvendo helicópteros e aviões em operações de combate a incêndios em Portugal. Desastre desta sexta-feira em Lamego é o mais grave.

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Combate a um incêndio em Oleiros, em 2020 Paulo Pimenta
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A queda de um helicóptero com seis pessoas a bordo, incluindo cinco militares da GNR, esta sexta-feira, em Lamego, é o mais recente e o mais grave acidente numa longa cronologia de desastres a envolver aeronaves em combate a incêndios em Portugal.

Eis alguns dos incidentes mais significativos dos últimos 15 anos:

2023

1 de Setembro, Amares Um helicóptero de combate a incêndios caiu em Amares, causando ferimentos graves ao piloto.

2022

15 de Julho, Foz Côa Despenhou-se um avião anfíbio FireBoss que combatia incêndios na região de Foz Côa. O piloto morreu.

2020

8 de Agosto, Lindoso Um Canadair português caiu durante o combate a um incêndio no Parque Nacional da Peneda Gerês, no Lindoso, distrito de Viana do Castelo, causando um morto e um ferido grave - piloto e co-piloto, respectivamente.

31 de Maio, Lousã Um piloto e um piloto instrutor que participavam numa sessão de treino para a época de combate aos incêndios florestais que se iniciaria no dia seguinte tiveram um acidente com um helicóptero AS350B3. Ambos os pilotos abandonaram a aeronave pelos próprios meios, tendo o instrutor sofrido ferimentos ligeiros na cabeça. O helicóptero ficou destruído.

2019

5 de Setembro, Sobrado, Valongo, distrito do Porto Um helicóptero AS350-B2 colidiu com linhas eléctricas e despenhou-se quando combatia um incêndio, causando a morte ao piloto Noel Ferreira, de 36 anos, também piloto da Força Aérea e comandante dos Bombeiros Voluntários de Cete, em Paredes, distrito do Porto.

4 de Setembro, Pampilhosa da Serra, distrito de Coimbra Um helicóptero ficou parcialmente destruído depois de cair durante a descolagem na Pampilhosa da Serra para combater um incêndio no distrito de Castelo Branco. O acidente deveu-se a um erro do piloto, que pensava estar a operar um modelo diferente daquele que realmente pilotava, concluiu o GPIAAF (Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários).

3 de Julho, barragem de Castelo de Bode Um avião ligeiro de combate a incêndios ficou destruído quando se abastecia de água na barragem de Castelo de Bode. O acidente deveu-se ao facto de o piloto não ter recolhido o trem de aterragem, segundo o GPIAAF.

2017

20 de Agosto, Cabril, Castro Daire, distrito de Viseu Um helicóptero da empresa Everjets caiu, tendo provocado a morte ao piloto, em Cabril, quando combatia um incêndio florestal.

16 de Julho, Alijó Um helicóptero que combatia um incêndio no concelho de Alijó, distrito de Vila Real, caiu, sem fazer vítimas.

2015

8 de Agosto, Arcos de Valdevez, distrito de Viana do Castelo Um helicóptero ligeiro de combate a incêndios despenhou-se quando regressava de Miranda, Arcos de Valdevez, e duas pessoas ficaram feridas.

29 de Junho, Paços de Ferreira, distrito do Porto Um helicóptero ligeiro da Protecção Civil caiu na localidade de Lamoso, concelho de Paços de Ferreira, quando estava a reabastecer-se de água numa lagoa para combater um incêndio naquela localidade, causando ferimentos ao piloto.

2012

3 de Setembro, Ourém, distrito de Santarém A queda de um helicóptero de combate ao fogo junto ao parque de merendas de Espite, no concelho de Ourém, fez dois feridos ligeiros.

19 de Julho, Beja Registada amaragem de um avião anfíbio, que participava no combate ao incêndio em Tavira, na albufeira do Roxo, devido a uma falha técnica. Não houve vítimas.

2009

12 de Agosto, Fundão, distrito de Castelo Branco Um avião de combate a incêndios aterrou de emergência em Ferreiras, concelho de Fundão. Os dois tripulantes saíram ilesos.