Trump foi o pior que aconteceu à direita; e a sua derrota, o melhor

Com a derrota de Trump, as ideias da esquerda viajaram para lá de Saturno. Agora é a esquerda moderada que se esforça por sobreviver. Os centristas de esquerda estão cercados pela esquerda extremista.

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Até à desistência de Joe Biden da candidatura às eleições de novembro, parecíamos num caminho irreversível para nova presidência Trump. A mudança de dinâmica com a passagem do estandarte para Kamala Harris – até aí subestimada na capacidade de mobilizar e convencer eleitorado potencialmente votante nos democratas – será um bom caso de estudo para os cientistas políticos, para os psicólogos e para os marketeers do negócio eleitoral. Da mesma maneira que deveria ser uma lição, para políticos e (no caso, muito numerosos e pagos a peso de ouro) assessores, a insistência num candidato incapaz como Biden. E o que revela de desligamento da população, de ilusões de se conseguir vender um candidato impróprio para consumo, da obstinação de insistir numa candidatura perdedora. Tudo muito interessante para quem gosta de analisar o fenómeno político, mas este texto é sobre outra coisa.

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