Crescimento trimestral do PIB da OCDE estabiliza em 0,5% de Abril a Junho

Na zona euro, crescimento económico foi de 0,3% no segundo trimestre, ao mesmo ritmo dos primeiros três meses do ano.

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EUA registaram o maior crescimento homólogo nos últimos quatro trimestres Andrew Kelly / REUTERS
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O Produto Interno Bruto (PIB) do conjunto dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) manteve um crescimento em cadeia de 0,5% no segundo trimestre, segundo as estimativas provisórias divulgadas esta quinta-feira.

“Embora a taxa de crescimento global do PIB da OCDE tenha permanecido inalterada no segundo trimestre de 2024, no G7 [grupo composto por EUA, Alemanha, Reino Unido, Japão, Canadá, França e Itália] o PIB aumentou mais rapidamente no segundo trimestre, 0,5% em comparação com 0,2% no primeiro trimestre”, avança a organização em comunicado. Entre as economias do G7, os Estados Unidos registaram o maior crescimento homólogo nos últimos quatro trimestres (3,1%), enquanto o Japão registou a maior queda (-0,8%).

Na zona euro (20 países), o PIB aumentou 0,3% entre Abril e Junho, o mesmo ritmo do trimestre anterior, após ter permanecido estagnado nos dois últimos trimestres de 2023.

Já o PIB do Japão aumentou 0,8% no segundo trimestre, após uma contracção de 0,6% no primeiro trimestre, tendo esta recuperação sido impulsionada pelo consumo privado (1,0% no segundo trimestre, em comparação com -0,6% no primeiro trimestre) e pelo investimento (1,7%, em comparação com -0,9%).

O crescimento económico acelerou nos Estados Unidos da América (EUA), passando de 0,4% no primeiro trimestre para 0,7% no segundo trimestre, impulsionado principalmente por um aumento do consumo privado (0,6% em comparação com 0,4% no primeiro trimestre).

Também aumentou ligeiramente no Canadá (de 0,4% para 0,5%) e manteve-se inalterado em França (0,3%).

Por outro lado, a economia alemã registou uma ligeira contracção (-0,1% no segundo trimestre, após um crescimento de 0,2% no primeiro trimestre), devido a “um declínio, em particular, na formação bruta de capital fixo em máquinas e equipamentos e na construção”.

O crescimento também abrandou ligeiramente em Itália e no Reino Unido no segundo trimestre, para 0,2% e 0,6%, respectivamente, em comparação com 0,3% e 0,7% no primeiro trimestre.

Das outras economias da OCDE para as quais existem dados disponíveis, mais de metade teve um desempenho inferior no segundo trimestre do que no primeiro trimestre.

Israel registou o abrandamento mais significativo, com o crescimento trimestral em cadeia do PIB a cair de 4,1% no primeiro trimestre para 0,3% no segundo trimestre.

Já o Chile registou uma contracção económica de 0,6%, após um crescimento de 2,1% no primeiro trimestre, enquanto a taxa de crescimento da Colômbia caiu para 0,1%, face a 1,2% no primeiro trimestre.

Os dados hoje divulgados apontam ainda que o crescimento se tornou negativo na Letónia (-1,1%), Suécia (-0,8%), Hungria e Coreia (-0,2% em ambos os países).

Em contrapartida, os países da OCDE que registaram o maior crescimento no segundo trimestre foram a Polónia, com um crescimento do PIB de 1,5%, a Costa Rica e a Irlanda (1,2% em ambos os países) e os Países Baixos (1,0%).

Em termos homólogos, o crescimento do PIB na OCDE foi de 1,8% no segundo trimestre de 2024, ligeiramente acima dos 1,7% registados no primeiro trimestre.