Ataque aéreo russo causa dois mortos em Kiev

Um homem e o filho de quatro anos foram mortos na sequência da queda de destroços de mísseis durante um ataque a Kiev. Do lado russo, morreram cinco pessoas e outras duas ficaram feridas.

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Equipa de salvamento nos destroços em Kiev State Emergency Service of Ukraine / VIA REUTERS
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Um homem de 35 anos e o filho de quatro foram mortos na madrugada de domingo pela queda de destroços de mísseis durante um ataque russo a Kiev, anunciaram os serviços de emergência da Ucrânia.

A mesma fonte acrescentou que três pessoas ficaram gravemente feridas depois de destroços terem atingido um prédio de apartamentos no distrito de Brovary, nos subúrbios a leste da capital ucraniana.

Uma grande parte do país esteve sob alerta aéreo durante toda noite, nomeadamente Kiev, onde se ouviram as primeiras explosões de madrugada.

A administração militar de Kiev indicou na plataforma de mensagens Telegram que a defesa antiaérea tinha sido activada.

Nos últimos dias, muitos ucranianos tinham expressado preocupação com um possível ataque aéreo russo em resposta à incursão em curso na região russa de Kursk, a norte da fronteira com a Ucrânia.

No Telegram, a Força Aérea Ucraniana informou ainda, por volta das 22h00 de sábado (20h00 em Lisboa), que várias regiões do país tinham sido alvo de uma série de ataques de drones.

As autoridades ucranianas ainda não comunicaram quaisquer danos ou vítimas.

A Ucrânia é regularmente atingida por ataques mortais de mísseis e drones. Kiev tem pedido aos aliados ocidentais que lhe forneçam mais sistemas de defesa antiaérea, para se proteger.

Do lado russo, pelo menos cinco pessoas morreram e outras duas ficaram feridas na sequência de um bombardeamento das tropas ucranianas contra a cidade de Shebekino, na região russa de Belgorod, a norte de Kharkiv, disseram as autoridades locais.

O governador regional, Viacheslav Gladkov, disse na plataforma de mensagens Telegram que “funcionários do Ministério das Situações de Emergência extinguiram incêndios num prédio de apartamentos, duas casas particulares e um estabelecimento comercial”, na sequência do ataque.

O governador de Kursk Alexeï Smirnov indicou que 13 pessoas ficaram feridas na capital da região, incluindo duas com gravidade, quando os destroços de um míssil ucraniano abatido durante a madrugada caíram sobre um edifício.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez no sábado referência pela primeira vez à incursão militar ucraniana em Kursk e disse que prepara novas medidas para "limitar ainda mais o estado russo".

Numa mensagem de vídeo e texto partilhada na rede social X (antigo Twitter), Zelensky revelou que recebeu informações do chefe do Estado-Maior do Exército, Oleksandr Sirski, sobre a linha da frente de combate e sobre os esforços “para levar a guerra ao território do agressor”.

A região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, enfrenta, desde terça-feira, uma incursão ucraniana e entrou em estado de emergência.

O ataque foi descrito pelo Presidente russo Vladimir Putin como uma "provocação em grande escala", que acusou Kiev de realizar "bombardeamentos indiscriminados" com diferentes tipos de armas, incluindo mísseis, contra edifícios civis, habitações e ambulâncias.