Swifties de coração partido depois de concertos cancelados

O ministro do Interior austríaco, Gerhard Kanner, manifestou a sua compreensão pela decisão de cancelar os espectáculos, sublinhando que se evitou uma tragédia.

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Em Viena, Áustria, os concertos de Taylor Swift estavam marcados para esta quinta, sexta e sábado MAX SLOVENCIK/Reuters
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Os fãs de Taylor Swift recorreram às redes sociais, nesta quinta-feira, para dar conta da sua tristeza, raiva e descrença depois de os três espectáculos da cantora em Viena, Áustria, terem sido abruptamente cancelados após a confirmação do governo de um ataque planeado para o local.

No total, eram esperados cerca de 195.000 fãs para os concertos no Estádio Ernst Happel de Viena, muitos dos quais viajaram do fora do país para terem a oportunidade de ver a estrela pop ao vivo.

"Um ano de entusiasmo foi-se num segundo", lamentou um fã em resposta à mensagem de Instagram do organizador que cancelou os concertos, menos de 24 horas antes do início do primeiro.

A publicação obteve mais de 5500 respostas, que vão desde a compreensão à indignação, com muitos a instarem Swift a dirigir-se directamente aos fãs e a remarcar os espectáculos na capital austríaca.

"Por favor, volta a marcar em Viena, o teu silêncio é de partir o coração", escreveu outro fã. A cantora e compositora de 34 anos ainda não emitiu qualquer declaração.

O ministro do Interior austríaco, Gerhard Kanner, manifestou a sua compreensão pela decisão de cancelar os espectáculos, sublinhando que se evitou uma tragédia.

A polícia austríaca deteve na quarta-feira duas pessoas suspeitas de planearem os atentados. O principal suspeito, um austríaco de 19 anos com raízes na Macedónia do Norte, terá planeado um atentado contra os fãs de Swift em Viena com uma bomba ou uma faca e terá jurado fidelidade ao grupo Estado Islâmico, disseram as autoridades na quinta-feira.

Franz Ruf, director-geral da segurança pública austríaca, declarou numa conferência de imprensa que o detido confessou tudo.

Swift já tinha falado anteriormente sobre os seus receios em relação à segurança na digressão, especialmente à luz do atentado de Manchester de 2017, que matou 22 pessoas, num concerto de Ariana Grande; e do tiroteio de Las Vegas, que custou 60 vidas, no mesmo ano.

"Desta vez, estava completamente aterrorizada por ir em digressão, porque não sabia como íamos manter três milhões de fãs seguros durante sete meses", partilhou numa entrevista de 2019 à revista Elle.

A Barracuda Music, organizadora do concerto, informou que todos os bilhetes seriam automaticamente reembolsados no prazo de dez dias. No entanto, para muitos fãs que viajaram de longe, o reembolso não cobriu as despesas.

"O que é que as pessoas que gastaram milhares de dólares para a ver em Viena devem fazer?", comentou um fã frustrado no Instagram da cantora, com mais de nove milhões de seguidores. Outros expressaram uma mistura de gratidão pela sua segurança e descrença na situação.

Tracy Jo Clark Neusser disse que ficou chocada e devastada depois de ter viajado dos Estados Unidos para o concerto. "Nunca seríamos capazes de voltar a pagar a viagem, mesmo que ela remarque o concerto", escreveu Neusser no Instagram, perguntando como poderia obter um cartaz do concerto cancelado. "Seria certamente uma história na nossa parede, mesmo que seja uma história infeliz. Vamos ter de acreditar que tudo acontece por uma razão", acrescentou.