A transfobia não rima com o feminismo

Pessoas que se dizem feministas apoiam teorias que essencializam a mulher ao papel de parideira, reduzindo-a aos seus órgãos reprodutores.

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A primeira coisa que me interpelou quando comecei a ouvir o discurso transfóbico de ex-amigas e companheiras ativistas de esquerda autodenominadas feministas, feministas radicais ou agora “críticas do género” foi a parecença com o discurso racista. Vários alarmes soaram quando me começaram a falar de casos isolados de violência, perpetrados supostamente por mulheres trans, dos quais tiravam ilações gerais. Muitas vezes a fonte eram blogs ou jornais de extrema-direita que em outras ocasiões nunca teriam consultado. O viés de confirmação era tão forte que bastava um título sensacionalista que envolvesse uma pessoa trans, real ou suposta, e não era preciso ir mais longe.

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