“Mondo” Duplantis, mais um centímetro, mais um recorde e mais um título

O norte-americano que compete pela Suécia acabou a final olímpica da vara a saltar sozinho e elevou o recorde mundial a 6,25m.

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Armand Duplantis na final do salto com vara Aleksandra Szmigiel / REUTERS
Armand Duplantis, bicampeão olímpico do salto com vara
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Armand Duplantis, bicampeão olímpico do salto com vara Dylan Martinez / REUTERS
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Qualquer final do salto com vara onde esteja Armand Duplantis, acontece sempre a mesma coisa. Os adversários saltam mais vezes e vão-se eliminando a eles próprios e, a partir duma certa altura, ele lá entra para fazer uns saltos que, para ele, são aquecimento. Salta tudo à primeira e, depois, fica a saltar sozinho.

Foi o que aconteceu nesta segunda-feira, na final olímpica dos Jogos de Paris. O norte-americano que compete pela Suécia foi campeão olímpico com um salto a 6,00m. Depois, começou a divertir-se. Acrescentou mais dez centímetros e bateu o recorde olímpico. Subiu para 6,25m e bateu o recorde do mundo.

Já tinham acabado todas as finais da pista quando “Mondo” fez a sua primeira tentativa para acrescentar mais um centímetro ao recorde do mundo. Até os adversários, como o norte-americano Sam Kendricks, puxou pelo público.

O sueco falhou a primeira tentativa, esperou que os homens dos 100m recebessem as medalhas, antes de um segundo salto, também ele falhado. Mas o melhor ainda estava para vir, terceiro salto e fasquia transposta sem qualquer toque. Já não saltou mais. E depois ouviu-se ABBA.

Duplantis, filho de um antigo varista norte-americano e de uma sueca que competia no heptatlo, só tem 24 anos, mas já é bicampeão olímpico, bicampeão mundial e já bateu nove vezes o recorde mundial, um centímetro de cada vez, tal como fazia Sergei Bubka.

O sueco tomou conta do recorde da vara em Fevereiro de 2020 (6,17m) e, desde então já lhe acrescentou mais oito centímetros. E não há ninguém que lhe consiga fazer frente: Kendricks foi prata com uns “míseros” 5,95m, o grego Emmanouil Karalis ficou com o bronze, com 5,90m.

Na única final de lançamentos da noite, o disco feminino, havia um interesse português em ver o que poderia fazer Irina Rodrigues. A lançadora do Sporting tinha-se exibido bem nas qualificações (62,90m) e uma posição entre as seis/oito primeiras não era de todo irrealista. A portuguesa entrou com 60,19m e acabou a primeira ronda em 7.º, melhorou a marca no segundo lançamento (61,19m), mas baixou para 9.º e, com um nulo no terceiro, acabou por ficar de fora dos últimos três lançamentos.

O ouro acabaria por ficar nas mãos de quem já tinha outra em casa, a norte-americana Valerie Allman. A campeã de Tóquio lançou sempre perto dos 70 metros, tendo como melhor da final 69,50m.

Nas provas de pista, a queniana Beatrice Chebet triunfou nos 5000m, enquanto a britânica Keely Hodgkinson triunfou nos 800m.

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