Pugilista Ngamba garante primeira medalha da história para refugiados em Paris

Ngamba assegurar o apuramento para as meias-finais, o que lhe dará, no mínimo, o bronze em Paris 2024. Pugilista mudou-se para o Reino Unido com 11 anos.

Foto
Pugilista Cindy Ngamba nasceu nos Camarões e mudou-se para o Reino Unido aos 11 anos Peter Cziborra / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
01:05

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

A pugilista Cindy Ngamba garantiu a primeira medalha olímpica da história para a equipa de refugiados, ao assegurar o apuramento para as meias-finais (-75 kg), o que lhe dará, no mínimo, o bronze em Paris 2024.

Ngamba foi a porta-estandarte da equipa de 37 desportistas que compõem a maior Missão dos refugiados, desde a sua criação no Rio 2016 e que tem também o objectivo de alertar para a situação dos refugiados em todo o mundo.

No combate, a pugilista, de origem camaronesa e que treina e vive em Inglaterra, venceu no combate dos quartos-de-final a francesa Davina Michel.

A pugilista, que se mudou para o Reino Unido com 11 anos, tem o estatuto de refugiada depois revelar que é lésbica, em 2021, o que lhe poderia valer a pena de prisão nos Camarões, onde a homossexualidade é considerada crime.

Embora alguns atletas da equipa de refugiados já tenham conquistado medalhas para os seus países de origem em Jogos anteriores, Cindy Ngamba foi considerada a melhor hipótese dos refugiados em Paris 2024.