A luta continua no FMM com DAM, iLe e Prétu

Os palcos do Festival Músicas do Mundo lembraram que não são lugares neutros, tomados por música de Palestina, Porto Rico e Cabo Verde.

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DAM, trio palestiniano formado por Tamer Nafar, Mahmood Jrere e Maysa Daw NUNO PINTO FERNANDES/cortesia fmm
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Bandeiras da Palestina circularam de mão em mão NUNO PINTO FERNANDES/cortesia fmm
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Maysa Daw, do trio palestiniano, que no FMM repetiu o seu maior êxito, Emta njawzak yamma NUNO PINTO FERNANDES/cortesia fmm
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iLe, cantora porto-riquenha: “Assusta-me a normalização da violência” cortesia fmm
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Prétu, a nova pele de Chullage ou Xullaji, em assumido mergulho nas suas raízes cabo-verdianas e a citar a Liberdade de Sérgio Godinho NUNO PINTO FERNANDES/cortesia fmm
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Há 23 anos que Tamer Nafar repete que é um músico, antes de ser um palestiniano. Não porque a sua origem e a sua cultura sejam irrelevantes, mas porque, assim o ouvimos dizer no Castelo de Sines, na quinta-feira em que os DAM actuam no Festival Músicas do Mundo (FMM), se tivesse nascido sueco ou alemão, acredita, dedicar-se-ia na mesma ao hip-hop. E habituado a ser visto como uma nacionalidade antes de tudo o resto, habituado a que a sua vida enquanto músico esteja sempre à mercê da temperatura da relação, em cada dado instante, do mundo para com a ocupação e a resistência da Palestina, Tamer gostaria de poder existir enquanto indivíduo e não enquanto forçado representante de um povo oprimido e sob ameaça. “Mas devido àquilo que se está a passar em Gaza, agora sou mais palestiniano do que qualquer outra coisa no mundo”, desabafa.

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