Portugal, um país vitícola sem grande tino
O Douro é apenas o espelho de um país onde continua a faltar estratégia e planeamento. Portugal não pode querer competir internacionalmente pela via do volume e do preço.
Se é verdade, como tem sido avançado, que existem cerca de 200 milhões de litros de vinho a mais no país, o sempre bem-intencionado e bem-disposto ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, terá de fazer muitos passes de mágica para resolver o problema. Bruxelas contribui com 15 milhões de euros e o Governo só pode acrescentar outro tanto, pelo que, à partida, só haverá 30 milhões para usar numa destilação de crise, a única medida possível no curto prazo. E esta verba dará, no máximo, para “queimar” cerca de um terço dos excedentes, caso o preço médio a financiar por litro seja da ordem dos 50 cêntimos.
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