Tribunal romeno restabelece proibição de viajar do influenciador Andrew Tate

Tate foi acusado, em meados de 2023, juntamente com o seu irmão Tristan e duas mulheres romenas, de tráfico de seres humanos, violação e formação de grupo criminoso para explorar sexualmente mulheres.

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Os irmãos Tate, Andrew e Tristan ALEXANDRU BUSCA/INQUAM PHOTOS/arquivo
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Andrew Tate, personalidade da Internet e antigo campeão de kickboxing, não poderá sair da Roménia enquanto aguarda julgamento por acusações de tráfico de seres humanos, depois de um tribunal de recurso romeno ter anulado, na terça-feira, uma decisão anterior.

Tate foi acusado, em meados de 2023, juntamente com o seu irmão Tristan e duas mulheres romenas, de tráfico de seres humanos, violação e formação de grupo criminoso para explorar sexualmente mulheres, acusações que negaram.

Em Abril deste ano, o tribunal de Bucareste decidiu que o julgamento podia começar, decisão de que Tate recorreu. Na pendência de uma decisão sobre o seu recurso, os quatro suspeitos foram proibidos de sair da Roménia.

No início deste mês, o tribunal de Bucareste levantou a restrição, concedendo aos suspeitos liberdade de circulação na UE, uma decisão que os procuradores contestaram e que o Tribunal de Recurso de Bucareste anulou na terça-feira.

O tribunal “aceita a contestação apresentada pela agência de acção penal contra a criminalidade organizada”, declarou em comunicado. E “rejeita como infundado o pedido dos acusados para substituir a obrigação de não abandonar o território romeno pela obrigação de não abandonar a União Europeia”.

Os irmãos Tate, ambos antigos kickboxers com dupla nacionalidade norte-americana e britânica, são os suspeitos mais conhecidos que enfrentam um julgamento por tráfico de seres humanos na Roménia.

Tate, um autodenominado misógino, ganhou milhões de fãs ao promover um estilo de vida ultramasculino que os críticos dizem denegrir as mulheres.

“Deus fez um plano para mim e eu estou a seguir as suas decisões”, disse Tate aos jornalistas no tribunal na terça-feira. “Se levar um tiro na cabeça, levo um tiro na cabeça. Se for libertado, sou libertado. Se eu ficar em casa, eu fico em casa. Estou feliz. Não estou emocionalmente envolvido em nenhum dos processos. Vou seguir a lei. Vou respeitar o sistema judicial romeno. O que quer que eles decidam, eu fá-lo-ei.”

Os irmãos foram mantidos sob custódia policial durante a investigação criminal, desde o final de Dezembro de 2022 até Abril de 2023, para evitar que fugissem do país ou adulterassem provas.

Foram depois colocados em prisão domiciliária até Agosto passado, altura em que a justiça os colocou sob controlo judicial, uma medida preventiva mais leve.