Diogo Costa associado ao Real Madrid. Jorge Mendes vai reunir-se com clube

Imprensa espanhola diz que português será um dos nomes sugeridos pelo agente para a baliza dos campeões europeus. FC Porto não abre mão do guarda-redes por menos de 75 milhões.

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Diogo Costa celebra conquista da Taça de Portugal Daniel Rocha/Arquivo
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Diogo Costa será um dos nomes apresentados pelo empresário Jorge Mendes ao Real Madrid, numa reunião que terá lugar esta semana e servirá para definir o futuro da baliza dos actuais campeões da Europa.

De acordo com o jornal desportivo AS, o guarda-redes ucraniano Andrii Lunin – também agenciado pelo empresário português – não descarta uma saída do clube durante a janela de transferências do Verão, abrindo uma brecha no plantel madridista. O diário espanhol adianta que o empresário português levará à capital espanhola um "trunfo na manga" para disputar a titularidade com o belga Courtois, num momento em que Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, já começa a pensar na sucessão do experiente guardião – que sofreu uma lesão grave no início da época passada.

O único problema do Real Madrid com o guarda-redes portista prende-se com o preço: com uma cláusula de rescisão fixada nos 75 milhões de euros, Diogo Costa é um activo apenas acessível aos clubes mais ricos. Muito antes das eleições portistas que confirmaram a eleição de André Villas-Boas, o empresário Jorge Mendes foi mandatado por Pinto da Costa para negociar o guarda-redes – na altura, com a Premier League em mira.

Se Diogo Costa era já um jogador cobiçado pelas exibições de destaque no FC Porto ao longo dos últimos anos, a forte prestação no Europeu 2024 com a selecção nacional contribuiu ainda mais para puxar o jovem de 24 anos para os holofotes mediáticos. No jogo contra a Eslovénia, nos oitavos-de-final da competição, conseguiu a proeza de defender três grandes penalidades consecutivas, feito nunca antes conseguido. Nas restantes partidas destacou-se pelas boas exibições e segurança demonstrada entre os postes, não comprometendo.

Menos de 24 horas após decidir o desempate por penáltis com três defesas, o presidente do FC Porto, André Villas-Boas, garantiu que a venda de Diogo Costa não era uma obrigação, mas reconheceu a necessidade de o clube fazer encaixes financeiros significativos antes do início da próxima temporada.

Como é publicamente conhecido, o FC Porto atravessa um período muito difícil financeiramente, tendo sido inclusivamente multado pela UEFA em 1,5 milhões de euros por incumprimento das regras financeiras. Se as contas não forem regularizadas, os “dragões” arriscam-se a ser excluídos das provas internacionais.

Ao problema do fair-play financeiro isto somam-se dívidas a fornecedores, agentes e várias outras obrigações financeiras deixadas pela direcção de Pinto da Costa que a nova administração tenta resolver atempadamente.

Dado o estado das finanças no Dragão, é fácil perceber a importância que uma venda como a de Diogo Costa teria para os cofres portistas. Ainda assim, o clube mantém-se firme na intenção de não abrir mão do guarda-redes, uma das estrelas que saíram da formação dos "azuis e brancos" por um valor abaixo da cláusula de rescisão.

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