Obras no Castelo e Mercado Municipal da Feira terminam em Agosto

O castelo já tem a muralha toda recuperada e vai estar em funcionamento durante a Viagem Medieval.

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As obras estarão prontas a tempo da Viagem Medieval Paulo Pimenta
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As obras a decorrer no Castelo de Santa Maria da Feira e no Mercado Municipal desenhado pelo arquitecto Fernando Távora ficarão concluídas em Agosto, anunciou nesta segunda-feira o presidente da autarquia, anunciando novas condições de funcionamento nos dois imóveis.

A primeira dessas empreitadas visava sobretudo o reforço da muralha do castelo e já estava em curso quando um temporal fez ruir em Outubro parte do muro desse monumento do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto. Já a segunda intervenção visava recuperar e modernizar o mercado, que se encontrava degradado e com bancas e lojas sem condições de funcionamento adequadas às exigências actuais.

"O castelo já tem a muralha toda recuperada e vai estar em funcionamento durante a [recriação histórica] Viagem Medieval, mas em Setembro vamos avançar lá com outra empreitada de maior dimensão, destinada a criar novos espaços de visitação e novas condições de recepção de público, intervindo também no estacionamento e nas instalações sanitárias exteriores", revelou à agência Lusa o presidente da Câmara da Feira, Amadeu Albergaria.

Até aqui, a intervenção nesse monumento nacional custou cerca de 686.000 euros e, na segunda fase, as obras deverão absorver mais 4,3 milhões.

Já no que se refere ao Mercado Municipal, o autarca avisou que o público não deve esperar "transformações arquitectónicas como algumas que se têm visto nos últimos anos em Lisboa e no Porto", já que, embora com alguma prorrogação nos prazos iniciais devido a cuidados de preservação patrimonial, "a empreitada respeitou totalmente a obra original de Fernando Távora".

O projecto de arquitectura para a reabilitação do edifício classificado como Monumento de Interesse Público foi, aliás, confiado a José Bernardo Távora, filho de Fernando Távora (1923-2005), dada a relevância histórica do imóvel edificado entre 1953 e 1957, e decorado com azulejos da autoria de Siza Vieira.

Amadeu Albergaria realçou que "o mercado vai estar igual ao que era na sua origem, só que melhor".

"Repusemos os azulejos, substituímos a canalização, melhorámos a iluminação, aumentámos a refrigeração das lojas e, no essencial, modernizámos todas as estruturas, para ele poder retomar o seu esplendor original", acrescentou.

Mesmo que a intervenção de 1,15 milhões de euros fique concluída a tempo da Viagem Medieval, o imóvel não estará em funcionamento nesse período, porque, antes da sua reabertura ao público, a Câmara quer reunir-se com os comerciantes e população local para planificar a futura actividade do espaço.

"Temos uma equipa a trabalhar num novo modelo de gestão para o Mercado Municipal e esse já está bastante avançado", referiu Amadeu Albergaria, acrescentando que só depois da apresentação e discussão desses planos com os lojistas e os moradores é que a autarquia vai apresentar "o conceito definitivo".