Volta à França. A luta pela amarela começou ao segundo dia
Vauquelin foi o vencedor do dia, Nélson Oliveira esteve na luta e Pogacar, segundo nas duas últimas edições, passou para a frente.
Ao segundo dia da Volta à França em bicicleta, mais uma etapa animada e com narrativas para todos os gostos. Para os franceses, mais uma vitória, Kevin Vauquelin (Arkéa), para os portugueses, um ciclista que foi na fuga e esteve na luta quase até ao fim, Nélson Oliveira (Movistar), e, no que diz respeito à luta pela vitória final, os dois principais favoritos iniciaram as hostilidades. Jonas Vingegaard (Jumbo) e Tadej Pogacar (Emirates) deixaram uma amostra do que podemos esperar nas próximas semanas.
Em mais um dia em estradas e montanhas italianas, 199,2km entre Cesenatico e Bolonha, houve uma fuga longa que vingou. O grupo estabilizou nos dez elementos, entre eles um dos três portugueses, Nélson Oliveira, e chegou a ter quase dez minutos sobre o pelotão, que os deixou seguir. Quando as montanhas se meteram pelo meio, a distância foi ficando mais curta, mas nunca baixou dos três minutos.
O grupo da frente foi ficando mais curto e Oliveira chegou a liderar um ataque na companhia de Vauquelin e Jonas Abrahamsen. O francês da Arkéa, o mais competente dos trepadores entre os três, conseguiu distanciar-se de forma decisiva a cerca de 15km do fim e cortou a meta isolado após 4h43m42s a pedalar. Abrahamsen chegou 36s depois e Nelson Oliveira cortou a meta em sexto, a 50s de Vauquelin.
Para Vauquelin, foi a primeira vitória em etapas numa grande volta, ele que, antes de fazer a sua estreia neste Tour, ainda só tinha participado numa Volta a Espanha em 2023. E foi também o segundo dia consecutivo em que um ciclista francês cortou a meta em primeiro, depois de Romain Bardet ter vencido no dia anterior e ter conquistado a camisola amarela.
A liderança do veterano francês no Tour acabou por ser breve porque os dois principais candidatos à vitória resolveram atacar na última subida. Vingegaard, vencedor em 2022 e 2023, e Pogacar, vencedor em 2020 e 2021, fugiram ao grupo do camisola amarela com o objectivo de ficarem já com ela.
Ambos chegaram num grupo de cinco, com Remco Evenpoel, Richard Carapaz e Jordan Jegat, e terminaram em bloco. Foi Pogacar a arrancar a amarela a Bardet, mas está com o mesmo tempo na geral de Evenpoel e Vingegaard.
Quanto aos outros portugueses, João Almeida foi 31.º na segunda etapa, a 2m42s de Vauquelin, e está no 22.º da geral, a 21s do seu companheiro esloveno da Emirates, enquanto Rui Costa foi 50.º (a 4m42s do vencedor), subindo ao 36.º da geral.