Trabalhadores da CP em greve até sábado. Haverá serviços mínimos
CP diz que se prevêem perturbações na circulação, com especial impacto nos dias 27, 28 e 29 de Junho.
Os trabalhadores da CP estarão em greve nesta quinta-feira, reivindicando a valorização das suas carreiras, segundo um documento subscrito por mais de dez organizações sindicais. Segundo um email enviado esta manhã, prevêem-se perturbações na circulação "com especial impacto no dia 28 de Junho e dias anterior e seguinte", mas a greve estende-se até 14 de Julho.
Para os dias 27, 28 e 29 de Junho, foram definidos os serviços mínimos, que pode consultar aqui. A greve poderá também afectar as circulações do Comboio Histórico do Douro.
Aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional, a CP permitirá o reembolso, no valor total do bilhete adquirido, ou a sua troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe.
O reembolso ou troca podem ser efectuados em myCP na área “os seus bilhetes” (para bilhetes adquiridos na Bilheteira Online e App CP) até aos 15 minutos que antecedem a partida do comboio da estação de origem do cliente, ou nas bilheteiras.
Passado esse prazo, e até dez dias após terminada a greve, pode ser pedido o reembolso através do preenchimento do formulário de contacto online “Reembolso por Atraso ou Supressão”, com o envio da digitalização do original do bilhete. No caso do Comboio Histórico do Douro, deve efectuar o pedido de reembolso através do preenchimento do formulário de contacto online “Reembolso por Atraso ou Supressão”, com o envio da digitalização do original do bilhete.
A decisão do tribunal sobre esta paralisação inclui, além dos tradicionais serviços mínimos em comboios de socorro e transporte de mercadorias perigosas e bens perecíveis, uma lista de comboios que devem ser assegurados. Destes, o serviço de longo curso contará, na sexta-feira com cerca de 23% do serviço assegurado, os regionais com 25%, os urbanos de Lisboa com 25%, os urbanos do Porto com 25% e os urbanos de Coimbra com 24%.
“Serão assegurados os meios humanos e materiais necessários à concretização dos serviços mínimos fixados, incluindo, designadamente, as marchas associadas, bem como o seu início, fecho, posicionamento e restantes operações necessárias”, segundo o Tribunal.
A greve terá a adesão da Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF), da Associação Sindical Independente dos Ferroviários da Carreira Comercial (ASSIFECO), do Sindicato Nacional dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), do Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (SINAFE), do Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia (Sindefer) e do Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infra-estruturas e Afins (SINFA).
O Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), o Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), o Sindicato Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ), a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), o Sindicato dos Transportes Ferroviários (STF), o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF) também irão aderir.
As estruturas sindicais entendem que as propostas da administração da CP não respondem à necessidade de valorização das carreiras de todos os trabalhadores da empresa.
"É a altura de passar do descontentamento manifestado nas conversas nos locais de trabalho para a acção e luta. Todos juntos, em unidade, vamos manifestar à administração da CP e à tutela sectorial que os trabalhadores querem ver melhoradas as suas condições de trabalho", assinalaram.
Os sindicatos ressalvaram não ter avançado para a greve na IP, uma vez que ainda vão decorrer reuniões. Posteriormente, os sindicatos vão avaliar se existiram ou não evoluções que vão ao encontro das exigências apresentadas. O serviço de longo curso contará com cerca de 23% do serviço assegurado, os regionais, os urbanos de Lisboa e do Porto com 25%.