Os jogadores de Portugal um a um

De 0 a 10, a avaliação ao desempenho dos jogadores utilizados por Roberto Martínez frente à Turquia.

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Bernardo Silva Carmen Jaspersen / REUTERS
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Diogo Costa 7/10

O guarda-redes português teve um jogo mais agitado do que aquele que enfrentou frente à República Checa, na jornada inaugural do Grupo F neste Euro 2024, onde não fez uma defesa. Neste sábado, o dono da baliza nacional fez uma grande defesa a um remate de Arturkoglu (31’), naquela que foi a mais perigosa acção ofensiva da Turquia no jogo. Mais perto do intervalo também mostrou segurança num remate de fora da área de Kokçu, embora a bola não levasse a direção da baliza. O segundo tempo foi uma "calmaria".

João Cancelo 5/10

Desta vez, João Cancelo jogou no flanco direito da defesa, uma posição que conhece bem, e não no meio campo, como sucedeu no encontro com a República Checa. No entanto, não esteve muito fiável, tendo sido batido um par de vezes. Já a atacar mostrou mais qualidade, tendo realizado algumas boas combinações com Bernardo Silva. Mesmo assim, foi dos mais fracos da equipa.

Rúben Dias 6/10

Foi competente, sem ser deslumbrante. O jogo não foi de trabalho intenso, mas não cometeu erros, que é o que se pede a um defesa central.

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Pepe

Figura do jogo Pepe 8/10

No regresso da defesa composta por quatro elementos, Pepe foi o melhor dos quatro. Controlou muito bem a profundidade, mostrando-se sempre atento aos lançamentos longos do adversário, nunca se deixando surpreender nas suas costas. E ainda foi o “pronto-socorro” quando foi preciso, fazendo dobras quer à direita, quer à esquerda. Num jogo em que Portugal ganhou por 3-0, pode parecer estranho destacar um defesa central. Mas, aos 41 anos, depois de se ter tornado o futebolista mais velho a competir no Europeu de futebol, Pepe voltou a mostrar a sua enorme qualidade. Nos minutos que antecederam a sua substituição já revelava um enorme desgaste. Mas são 41 anos...

Nuno Mendes 7/10

Melhor a atacar do que a defender. O lateral do PSG revelou algumas dificuldades nos duelos individuais que teve de disputar, em especial no primeiro tempo, e foi ultrapassado um par de vezes. Mas quando se tratou de atacar, incorporou-se muito bem nas acções ofensivas, contribuindo para desequilibrar a defesa adversária. O primeiro golo português começou, precisamente, numa arrancada de Nuno Mendes.

João Palhinha 6/10

Foi titular, numa opção de Roberto Martínez para ter mais gente a controlar o jogo interior da Turquia, que o seleccionador nacional considerou ser um dos pontos fortes dos turcos. Cumpriu o seu papel e, enquanto esteve em campo, foi importante para esse objectivo. Saiu ao intervalo por ter visto um cartão amarelo — Martínez não quis correr o risco de ficar em inferioridade numérica no jogo se o médio do Fulham fosse, novamente, “amarelado”.

Vitinha 8/10

Voltou a fazer um grande jogo. O médio do PSG é uma espécie de rotunda no futebol da selecção portuguesa, distribuindo jogo, fazendo a bola circular, dando fluidez ao futebol português. Raramente falha um passe e ainda tem um papel importante na cobertura defensiva. Decisivo na forma como Portugal joga.

Bruno Fernandes 4/10

Mau jogo do médio do Manchester United. À semelhança do que já tinha sucedido frente à República Checa, Bruno Fernandes voltou a passar muito ao lado do jogo. Pouco influente nas acções ofensivas, lento até em alguns momentos da partida, nem sequer nos remates de fora da área, onde já mostrou ter qualidade, fez a diferença - e neste sábado até teve algumas ocasiões de “mostrar serviço” neste particular, mas falhou todas. É certo que marcou, mas o golo foi tão fácil de concretizar, que não altera em nada a exibição cinzenta que realizou.

Bernardo Silva 7/10

Um belo jogo de Bernardo Silva. Na primeira parte teve algumas boas combinações ofensivas com João Cancelo e marcou um golo. No segundo tempo, continuou a ser dos mais esclarecidos, ainda que à medida que o tempo foi passando e com o jogo resolvido, tivesse perdido preponderância.

Rafael Leão 6/10

Foi o homem que mais puxou a equipa para a frente nos primeiros 45’. A sua capacidade de arranque e velocidade fazem com que seja muito difícil a qualquer defesa adversário conseguir controlá-lo. Fez, inclusive, a assistência para o primeiro golo da partida. Mas quando se trata de ajudar a defender, não vale a pena contar com ele. Para além disso, viu o segundo cartão amarelo neste Europeu, ambos por simulações, fazendo com que não possa ser utilizado no próximo jogo da selecção neste Euro 2024. Um comportamento totalmente desnecessário. Saiu ao intervalo pelas mesmas razões que levaram à substituição de Palhinha.

Cristiano Ronaldo 7/10

Ver Cristiano Ronaldo passar a bola a um companheiro de equipa e oferecer-lhe um “golo feito” quando estava isolado, só com o guarda-redes adversário pela frente e a baliza praticamente à mercê, é algo de deixar qualquer um boquiaberto. Mas foi isso que aconteceu neste portugal-Turquia e que revela um CR7 muito menos individualista e muito mais “associativo”, como já tinha sucedido, aliás, contra a República Checa — e que só abona a favor do capitão português. Apesar deste comportamento altruísta, Ronaldo teve as suas oportunidades de golo, embora não tivesse sido feliz no momento da concretização.

Pedro Neto 5/10

Entrou ao intervalo e não esteve tão em jogo como Rafael Leão. Parece não ter tanto ritmo como os restantes colegas, mas quando a comparação é o extremo do Milan, a avaliação pode ficar um pouco enviesada.

Rúben Neves 6/10

Jogou os segundos 45 minutos e esteve a bom nível. Foi dele o passe que isolou Cristiano Ronaldo no lance do terceiro golo de Portugal - e que belo passe.

Nélson Semedo 5/10

Ocupou o lugar de João Cancelo e não se notaram diferenças. Nem para melhor, nem para pior.

António Silva -/10

Estreou-se no Europeu, substituindo Pepe. Teve um “cherinho” do que é uma competição deste tipo.

João Neves -/10

Também ele uma estreia num Europeu. Jogou uma mão cheia de minutos.

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