Oitenta anos do Dia D reúnem líderes mundiais na Normandia

A região do Norte de França é hoje palco de uma série de homenagens comemorando os 80 anos do desembarque das forças aliadas nas praias da região decisivo para o fim da Segunda Guerra Mundial.

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O Presidente francês Emmanuel Macron e o rei Carlos III do Reino Unido estiveram juntos na cerimónia britânica dos 80 anos do Dia D, uma das que se realizaram esta manhã Hannah McKay / REUTERS
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O rei do Reino Unido Carlos II cumprimenta um dos veteranos do desembarque na Normandia LUDOVIC MARIN / VIA REUTERS
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Macron condecorou Christine Lamb, militar britânica que ajudou a preparar o Dia D LUDOVIC MARIN / VIA REUTERS
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Os primeiros ministros do Canadá e de França, assim como o príncipe William, frequentaram a cerimónia canadiana de homenagem LOU BENOIST / VIA REUTERS
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Os três representantes colocaram uma coroa de flores no memorial do cemitério canadiano na Normandia LOU BENOIST / VIA REUTERS
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Joe Biden and a sua mulher Jill Biden chegaram ao cemitério norte-americano junto a Emmanuel Macron e a sua mulher Brigitte Macron Daniel Cole / POOL / EPA
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Macron condecorou 11 veteranos norte-americanos com a Legião de Honra Elizabeth Frantz / REUTERS
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Há 80 anos, centenas de milhares de soldados das forças aliadas desembarcaram na Normandia, numa ofensiva que viria a ter um contributo decisivo para o fim da Segunda Guerra Mundial. Esta quinta-feira, os líderes destes países reúnem-se na região para uma série de homenagens aos soldados que morreram e aos veteranos que ainda estão vivos.

As celebrações, que se iniciaram na quarta-feira, acolheram uma série de líderes mundiais tais como o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro, Gabriel Attal, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o rei Carlos III e o primeiro-ministro Rishi Sunak, do Reino Unido, assim como o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau. Para além destes, chegaram ainda à Normandia o Presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro em exercício dos Países Baixos, Mark Rutte.

A primeira cerimónia do dia foi a franco-britânica, realizada no Memorial Britânico da Normandia, situado na vila de Ver-sur-Mer. Num discurso feito durante a homenagem, Carlos III disse que a sua "gratidão" aos veteranos do desembarque era “inabalável” e que a sua “admiração” era “eterna”.

“Que sorte foi a nossa e a de todo o mundo livre pelo facto de uma geração de homens e mulheres no Reino Unido e noutras nações aliadas não ter vacilado quando chegou o momento de enfrentar este teste”, disse o rei do Reino Unido, que pediu ainda que se reze “para que um sacrifício destes nunca mais se repita”. Já Rishi Sunak afirmou que o Reino Unido se compromete a “nunca esquecer” o sacrifício feito pelos veteranos durante a Invasão da Normandia.

Presente na comemoração, Emmanuel Macron homenageou os soldados britânicos, a quem chamou “irmãos de armas” e condecorou Christian Lamb, uma militar britânica que ajudou a planear o desembarque na Normandia, com a Legião de Honra, a condecoração mais alta atribuída pelo Presidente francês.

Entretanto, no Cemitério de Guerra Canadiano, localizado na vila de Bény-sur-Mer, decorreu a cerimónia canadiana de homenagem. Para além do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também estiveram presentes o primeiro-ministro francês, Gabriel Attal. e o príncipe de Gales, William.

No discurso, Trudeau pediu para que as histórias do Dia D não deixem de ser contadas para que não se repita.

“Todos nós temos a responsabilidade de continuar a partilhar essas histórias para que as gerações futuras não esqueçam o heroísmo e a coragem que foram necessários para defender as nossas liberdades e para recordar os perigos e os horrores da guerra”, afirmou Trudeau, tendo acrescentado que “todos nós devemos continuar a defender a democracia todos os dias”, acrescentando que devemos isso às gerações futuras”.

Depois da cerimónia britânica, Macron seguiu para Colleville-sur-mer, outra localidade da Normandia, onde fica localizado o Cemitério e Memorial Americano da Normandia. No cemitério, estão enterrados cerca de 10 mil soldados norte-americanos que combateram no Dia D. Numa cerimónia em que Biden também discursou, Macron entregou também a Legião de Honra a 11 veteranos norte-americanos.

"Vieram para cá, por isso estarão sempre em casa em solo francês, e não nos esqueceremos disso", afirmou Macron, dirigindo-se aos veteranos presentes na cerimónia.

Apoio à Ucrânia no discurso de Macron na cerimónia internacional

Após as cerimónias de cada país, os líderes reunidos na Normandia congregaram-se na praia de Omaha para uma cerimónia internacional organizada pela França.

À chegada a França, Zelensky publicou uma mensagem na sua página da rede social X na qual afirmou que o evento e o dia "servem para recordar a coragem e a determinação demonstradas na busca da liberdade e da democracia". "Os Aliados defenderam a liberdade da Europa nessa altura e os ucranianos fazem-no agora. A unidade prevaleceu nessa altura e a verdadeira unidade pode prevalecer hoje", acrescentou.

Macron, no discurso feito na cerimónia internacional, saudou o povo ucraniano e ligou a luta da Ucrânia aos eventos do Dia D. "Obrigado ao povo ucraniano pela coragem, pelo amor da liberdade. Estamos aqui e não vamos enfraquecer", disse Macron no discurso, numa frase bastante aplaudida pelo público presente.

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