Arbitragem (quase) imaculada

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Foi um jogo intenso aquele que FC Porto e Sporting protagonizaram neste domingo, no Estádio Nacional, para decidir quem ficaria com a Taça de Portugal. E, apesar de muitos lances de decisão difícil, a arbitragem correu bem, com decisões quase todas acertadas.

Minuto 2, sem motivo para pontapé de penálti a favor do FC Porto. Na ocasião, Diogo Pinto perante Evanilson fez a mancha, abriu ambos os braços, com o esquerdo interceptou a bola, o direito que estava aberto recolheu e foi o avançado “azul e branco” que acabou por ir contra ele.

Minuto 20, golo legal do Sporting. Na sequência de um canto, nem Hjulmand, nem Coates fizeram carga ou obstrução sobre Diogo Costa, nem houve qualquer carga sobre Otávio.

Minuto 29, o árbitro assinalou penálti e mostrou cartão vermelho a St. Juste. Contudo, o VAR corrigiu e bem, pois a falta feita com o braço esquerdo e com o corpo na carga por trás sobre Galeno foi feita fora da área (as faltas são assinaladas onde tem início a acção, excepto o agarrar). O vermelho manteve-se pois anulou uma clara oportunidade de golo. Relembrar que a lei da dupla penalização que transforma os vermelhos em amarelos aquando das claras oportunidades de golo é só nas situações de penálti e quando há a tentativa de jogar a bola.

Minuto 37, amarelo bem mostrado a João Mário por agarrar Pedro Gonçalves, um comportamento antidesportivo que só tentou destruir a jogada.

Minuto 39, Gyökeres ao sentir Zé Pedro nas costas e para evitar que este disputasse o esférico abriu em demasia o braço direito acabando por, de forma negligente, acertar no rosto do central “azul e branco”. Cartão amarelo bem mostrado.

Minuto 66, Alan Varela ao fazer obstrução com contacto sobre Pedro Gonçalves à saída da área “leonina” fez a chamada falta táctica com o intuito de apenas destruir o contra-ataque, razão pela qual foi correctamente advertido.

Minuto 78, amarelo a Daniel Bragança por protestos (gestos e palavras).

Minuto 81, Alan Varela rasteirou de forma imprudente Trincão numa bola que ia na direcção da linha lateral e numa zona neutral no meio-campo, razão porque se aceita a não exibição de amarelo, que seria o segundo.

Minuto 89, pontapé livre directo batido por Wendell. Na barreira, Hulmand, de forma deliberada abre o braço direito e intercepta e toca na bola. Lance claro e óbvio de pontapé de penálti, não assinalado e que merecia a intervenção do VAR.

Minuto 91, amarelo bem mostrado a Zé Pedro, por falta táctica, ao travar a saída em contra-ataque de Gyökeres.

Minuto 96, Diogo Pinto saiu fora de tempo e com o braço direito e, acto contínuo, com o corpo, acertou em cheio em Evanilson derrubando-o já no interior da área. Pontapé de penálti bem assinalado.

Minuto 106, amarelo Hjulmand por falta sobre Wendel seguido de protestos sobre a decisão.

Minuto 108, amarelo a Paulinho por protestos veementes.

Minuto 110, amarelo a Otávio por protestos (palavras).

Minuto 111, a bola foi ao braço direito de Otávio. Uma bola inesperada quando o jogador tinha o braço em posição natural ao longo e encostado ao corpo sem volumetria e sem qualquer gesto deliberado. Lance sem motivo para pontapé de penálti.

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