Imigrantes, da “porta escancarada” à regularização. Como ficam as vidas em suspenso?

Para uns, a questão essencial na imigração é esta: regularização. Para outros, temos de limitar as entradas. Numa altura em que o Governo promete novidades, ouvimos a presidente da Casa do Brasil.

O Governo iniciou esta quarta-feira uma ronda de conversas com os partidos representados no parlamento sobre a política de imigração e prometeu para “as próximas semanas” o anúncio das medidas para o sector. No último fim-de-semana, o ministro da presidência, António Leitão Amaro, disse que havia “muito que corrigir na política de migrações e que o Governo quer desenvolver um sistema de acolhimento e de integração "que seja humano e que funcione".

Há 400 mil pessoas que esperam pela regularização dos seus casos, muitas a viverem em situações indignas e sujeitas a todo o tipo de explorações. E o desmembramento do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, após o homicídio de um cidadão ucraniano no Aeroporto de Lisboa, não melhorou a capacidade de resposta.

Portugal precisa de imigração, todos o sabemos, mas precisa, sobretudo, de saber lidar com isso. Para uns, a questão essencial é esta: regularização e reintegração. Mas, para outros, vivemos de portas escancaradas e temos de limitar a entrada de estrangeiros, sobretudo de fora da Europa.

Para nos dar a sua opinião sobre as políticas de imigração, ouvimos Cyntia de Paula, presidente da Casa do Brasil, para quem é "primordial a regularização" de quem está à espera.


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