Os labirintos de um provador de vinho do Porto

Entre milhares de cascos e milhões de litros de vinho, a vida de um provador como Carlos Alves é uma fascinante mistura de experiência, memória e sensibilidade.

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Carlos Alves, o chefe provador das marcas de vinho do Porto do grupo Sogevinus Nelson Garrido
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A penumbra das caves do vinho do Porto, em Vila Nova de Gaia, a humidade que se cola às paredes ou aos tectos enegrecidos com musgos e líquenes, o chão de terra dura e o aroma fino e doce dos vinhos adormecidos compõem o habitat natural de um ser raro, quase sempre distante dos holofotes e por isso muito especial: o provador. Carlos Alves, o chefe provador das marcas de vinho do Porto do grupo Sogevinus (Cálem, Barros, Kopke ou Burmester) desloca-se entre os cascos empilhados e os balseiros com a segurança e o saber de um bibliotecário. Aquele é o seu mundo natural, feito de aromas, de balanços entre o vinho que entra e sai, e de memórias que remontam ao século XIX.

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