Tony, de 9 anos, não chegou a tempo à festa de jardim em Buckingham. Carlos III convidou-o novamente
Tony Hudgell estava entre os 8000 convidados da festa de Buckingham, mas o trânsito fez com que não chegasse a tempo. A mãe falou na história nas redes sociais e não demorou a surgir resposta.
O pequeno Tony Hudgell, de 9 anos de idade, foi um dos 8000 convidados para a primeira festa no jardim do Palácio de Buckingham, nesta quarta-feira, mas o trânsito impediu que chegasse a tempo. A mãe, Paula Hudgell, partilhou a história no X (antigo Twitter) com uma fotografia do filho sentado no carro e preso do trânsito. Resultado: Tony voltou a ser convidado para a próxima festa.
“Presos na M20 nas últimas duas horas. Não vamos chegar à Festa de Jardim do rei”, escreveu, com uma fotografia de Tony. A resposta não demorou a surgir, através da conta oficial da família real: “Lamento saber, Tony! Também estávamos ansiosos por vê-lo. Quer tentar novamente noutro dia? Deixe connosco...”
A resposta da família real, comentou depois Paula Hudgell, pôs “um grande sorriso” no rosto do menino e da família, depois de três horas parados na auto-estrada, culpa de um incêndio num camião. “Tony vai para a cama hoje a saber que sentiram a sua falta”, escreveu a mãe.
Sorry to hear this, Tony! We were looking forward to seeing you too.
— The Royal Family (@RoyalFamily) May 8, 2024
Fancy trying again another day? Leave it with us… @paula_hudgell https://t.co/qAS4iq7bYS
Tony Hudgell foi convidado para a festa de Carlos III pela sua história inspiradora. De acordo com a Sky News, o menino tinha apenas 41 dias quando as duas pernas tiveram de ser amputadas, na sequência de várias fracturas e de uma septicemia generalizada, resultado de maus tratos infantis. Os pais biológicos, Anthony Smith e Jody Simpson, foram condenados a dez anos de prisão, em 2018.
Paula Hudgell é a mãe adoptiva e tem acompanhado todo o processo de recuperação do menino. Em Março, Tony foi submetido a uma extensa cirurgia à anca. “Está praticamente numa cadeira de rodas”, conta a mãe à BBC. Ainda assim, a família tem-se dedicado a angariar dinheiro para outras crianças vítimas de abusos e Tony já foi condecorado com uma medalha do Império Britânico.
Apesar de o convite para voltarem a Buckingham ter sido renovado ainda para este ano — há outra festa de jardim a 21 de Maio — Tony e mãe não vão conseguir marcar presença, uma vez que Paula vai ser operada a um cancro no intestino. “Estou a sentir-me bem. É só uma das complicações”, descansou.
Reunião familiar, mas sem Harry
Também Carlos III está a recuperar de um cancro e acaba de regressar ao trabalho. As festas de jardim são uma das tradições da família real, que convida membros “inspiradores” da comunidade. O rei esteve acompanhado da rainha Camila, bem como da princesa Ana (a mais trabalhadora dos Windsors) e dos duques de Edimburgo, Eduardo e Sofia.
Depois de ouvir o hino nacional, Carlos cumprimentou os convidados ao longo do jardim, enquanto serviam bolo e chá. Camila acompanhou-o e usou uma pequena homenagem a Isabel II: um alfinete de peito com o famoso diamante Cullinan V, parte da colecção pessoal da monarca. Estes acessórios eram uma das imagens de marca da rainha, que chegou a usar este mesmo alfinete numa festa de jardim em 2016.
Já os príncipes de Gales continuaram a estar ausentes. Kate Middleton tem estado afastada dos deveres reais enquanto faz quimioterapia preventiva, depois de uma cirurgia abdominal ter revelado a presença de cancro. William tem continuado a trabalhar, ainda que com uma redução dos compromissos públicos para apoiar a mulher e os filhos.
Mesmo sem Kate e William, os Windsors mostraram-se unidos nos jardins de Buckingham, no dia em que o príncipe Harry esteve em Londres para o 10.º aniversário dos Jogos Invictus, o evento multidesportivo para militares feridos ou doentes em combate que o próprio fundou. Nesta quarta-feira, o duque de Sussex participou no serviço religioso na catedral de São Paulo, em Londres, e acenou à multidão que esperava vê-lo.
Harry e Carlos III não se vão encontrar durante esta visita do príncipe a Londres, “devido à agenda preenchida de sua majestade”, justificou o porta-voz dos Sussex. O filho mais novo do rei esteve em Londres quando se tornou público o cancro do soberano para ver o pai, mas a relação entre os dois continua distante desde que Harry e Meghan abandonaram os deveres reais e se mudaram para o outro lado do Atlântico, em 2020.