Benfica não soube dar a ordem para cancelar festejos do título

Derrota na deslocação a Famalicão valida plano dos rivais de Alvalade e acaba com a resistência da equipa de Roger Schmidt na corrida pelo título.

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Justin Haas tenta travar Di María Miguel Vidal / REUTERS
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O Famalicão venceu (2-0) este domingo o Benfica no jogo que encerrou a 32.ª jornada da Liga e aniquilou a ténue esperança de revalidar o título que os campeões nacionais de 2022-23 ainda poderiam alimentar nas duas últimas rondas.

O golo de Puma Rodríguez, a cerca de 20 minutos do final, numa altura em que o Benfica ainda acreditava na vitória, reduziu drasticamente as probabilidades de os "encarnados" conseguirem o triunfo indispensável para evitar um regresso a casa em silêncio.

O segundo do Famalicão, de Zaydou (85'), surgiu, por isso, em forma de inevitável sentença, a confirmar o fim do mandato dos "encarnados".

A noite até começou com o Benfica à procura de um golo que cancelasse a festa do Sporting. E Di María poderia ter ajudado a desmobilizar os rivais logo aos três minutos.

O argentino colocou a bola no fundo das redes da baliza do Famalicão, mas o lance seria invalidado por fora de jogo. Falso alarme que o VAR confirmou, da mesma forma que, após resposta imediata dos famalicenses, anulou o golo de Jhonder Cádiz no minuto seguinte.

A entrada prometia, mas seria preciso esperar mais um pouco pelos primeiros momentos com selo de golo: Marcos Leonardo obrigou, num cabeceamento bem colocado, Luiz Júnior a voar para evitar que o brasileiro voltasse a marcar, confirmando o bis obtido frente ao Sp. Braga... que lhe valeu a titularidade.

Com Di María a deambular pelo ataque a partir da direita, bem protegido por Aursnes, o Benfica conseguia algumas boas aproximações à baliza contrária.

Mas o jogo estava longe de transformar-se num monólogo. O Famalicão, numa cruzada contra a monotonia, insinuava-se com facilidade no ataque e respondia na mesma moeda à oportunidade de Marcos Leonardo, num remate de Zaydou em que Trubin teve de esmerar-se.

Por instantes, o Benfica parecia até mais vulnerável, impotente até para neutralizar Jhonder Cádiz e Puma Rodríguez, duas setas que só não atingiram o alvo por mera infelicidade.

A bola devolvida pelo poste exigia uma reacção que o onze de Roger Schmidt não tardou a encontrar numa transição de Di María finalizada às malhas laterais por Kökçü, só não se esgotando nesse momento a possibilidade de recolher às cabinas com maiores garantias de poder levar a luta pelo título para as duas últimas jornadas graças a mais um par de tentativas de Di María.

Schmidt alterou três unidades para o início do segundo tempo, adoptando um 4x4x2, com João Mário no apoio mais directo a Arthur Cabral e a Rafa e Álvaro Carreras a crescer no corredor. O Benfica aumentava o volume de jogo ofensivo, mas continuava a faltar a finalização, com João Neves e Di María a criarem as melhores situações.

Esforço destruído por Puma Rodrígues (71') e por Zaydou (85'), com dois golos que destronaram o Benfica e deram sinal de partida para a corrida dos "leões" ao Marquês.

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