Moedas exige ao Governo decisão “muito, muito urgente” sobre novo aeroporto
Presidente da Câmara de Lisboa pressiona Governo: quer uma decisão, independentemente da localização escolhida.
Carlos Moedas não diz exactamente como o fará, mas promete que, se o Governo não decidir rapidamente a localização do novo aeroporto de Lisboa, irá "todos os dias insistir e, todos os dias, exigir que essa decisão seja tomada". O aviso foi deixado pelo presidente da Câmara de Lisboa em declarações ao PÚBLICO e à Rádio Renascença que o questionou sobre o assunto numa visita do autarca à Feira do Livro de Buenos Aires em que a capital portuguesa é a cidade convidada.
"Já disse ao Governo que deve ser uma das primeiras grandes decisões", afirmou Carlos Moedas que contou que falou com o ministro das Infra-estruturas, Miguel Pinto Luz, acerca do assunto e que reforçou ser "muito importante" para si que a decisão veja a luz do dia e também fazer parte da solução.
"Há quem vai estar contra, e quem esteja a favor. Mas espero que essa solução venha rapidamente", insistiu, sem revelar qual a sua localização preferida. Carlos Moedas quer mesmo é que se decida e a obra avance, onde quer que seja.
Em Dezembro, quando já se sabia que haveria legislativas antecipadas em Março, Luís Montenegro prometeu que, se fosse primeiro-ministro a partir de Março, “uma das primeiras decisões a tomar será escolher a localização do novo aeroporto”. Se possível, aliás, fá-lo-ia no “primeiro dia”, afirmou, anunciando então que criaria um grupo de trabalho no partido para poder “consensualizar um caminho” para ajudar a “tomar a decisão final”.
O programa do novo Governo AD, apresentado um mês depois de Luís Montenegro ser eleito, prometia relançar a privatização da TAP e “decidir rapidamente sobre a construção do novo aeroporto” de Lisboa.
Quando foi recebido pelo Presidente da República em Belém depois das eleições, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, disse querer participar do processo de decisão da localização do novo aeroporto - que era uma tarefa que teria a breve prazo se o Governo de António Costa não tivesse caído.
O PÚBLICO está em Buenos Aires a convite da CML