Mais de 100 pessoas manifestam-se contra o racismo no Porto

Série de ataques contra imigrantes no Porto mobilizou activistas contra o racismo e a xenofobia.

pp -manifestacao contra o racismo 04 maio 2024  porto
Fotogaleria
Manifestação contra o racismo no Porto Paulo Pimenta / PUBLICO
pp -manifestacao contra o racismo 04 maio 2024  porto
Fotogaleria
Manifestação contra o racismo no Porto Paulo Pimenta / PUBLICO
pp - manifestacao contra o racismo 04 maio 2024  porto
publico
Fotogaleria
Manifestação contra o racismo no Porto Paulo Pimenta / PUBLICO
pp - manifestacao contra o racismo 04 maio 2024  porto
publico
Fotogaleria
Manifestação contra o racismo no Porto Paulo Pimenta / PUBLICO
pp - manifestacao contra o racismo 04 maio 2024  porto
publico
Fotogaleria
Manifestação contra o racismo no Porto Paulo Pimenta / PUBLICO
pp - manifestacao contra o racismo 04 maio 2024  porto
publico
Fotogaleria
Manifestação contra o racismo no Porto Paulo Pimenta / PUBLICO
pp - manifestacao contra o racismo 04 maio 2024  porto
publico
Fotogaleria
Manifestação contra o racismo no Porto Paulo Pimenta / PUBLICO
Ouça este artigo
00:00
02:24

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Mais de 100 pessoas concentraram-se esta noite de sábado em frente à Junta de Freguesia do Bonfim, no Porto, para protestar contra o racismo e a xenofobia, depois de um grupo organizado ter feito ataques contra imigrantes residentes na cidade.

"Juntámos aqui um grupo significativo de pessoas, inclusive muitas pessoas imigrantes, o que nem sempre acontece. É um sinal de que se sentem protegidos connosco", disse à agência Lusa Joana Cabral, do SOS Racismo. Segundo a activista, estavam de forma pacífica no local "entre 100 a 200 pessoas", que chegaram a entoar a canção do 25 de Abril Grândola Vila Morena.

O local onde decorreu a manifestação foi escolhido por ser a "zona onde ocorreram os actos de violência" contra os imigrantes, explicou.

Segundo Joana Cabral outras associações de defesa dos imigrantes juntaram-se ao SOS Racismo numa acção que pretende "defender os direitos das pessoas imigrantes que, infelizmente, neste momento não têm outra forma de ver os seus direitos defendidos". A activista disse ainda não aceitar "que se instrumentalize uma ideia de associação entre a criminalidade e a imigração" e que se use "esse pretexto para legitimar milícias populares".

Referindo-se aos actos de violência cometidos contra os imigrantes, defendeu que "são para investigar pela polícia e pela justiça".

A agência Lusa contactou com o Comando Metropolitano do Porto da PSP que disse não ter, até às 23h20, "relatos de situações anormais" naquela manifestação.

Na madrugada de sexta-feira, a PSP foi alertada cerca da 1h para uma agressão no Campo 24 de Agosto, no Porto, contra dois imigrantes por um grupo de quatro ou cinco homens que fugiu antes da chegada dos agentes, especificou o porta-voz da polícia, indicando que os dois agredidos foram assistidos no Hospital São João.

Cerca de 10 minutos mais tarde, na Rua do Bonfim, 10 imigrantes foram atacados, na habitação onde estavam, por um grupo de 10 homens, munidos com paus e, alegadamente, com uma arma de fogo, o que a PSP ainda não conseguiu confirmar, referiu a mesma fonte.

Ainda segundo o porta-voz, pelas 3h, na Rua Fernandes Tomás, outro imigrante foi também agredido, por outros suspeitos, sendo que um deles usava uma arma de fogo.

Na sequência destas agressões, seis homens foram identificados e um foi detido por posse de arma ilegal, tendo sido presente a tribunal e ficado em prisão preventiva.

Dada a suspeita de existência de crime de ódio, o assunto transitou para a Polícia Judiciária.