Sebastião Bugalho e A Cena Que se Celebra a Si Mesma

Com tanta distração, praticamente ninguém reparou ou relevou, por exemplo, a circunstância de os três primeiros nomes da lista do PS terem sido candidatos eleitos nas últimas eleições Legislativas.

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Cada um com as suas referências. Sempre que ouço falar da “bolha mediática”, a minha memória vagueia automaticamente para “A Cena Que Se Celebra a Si Mesma”, que é como no final dos anos 80 do século passado o jornalismo musical britânico descrevia uma pequena clique de bandas irmanadas na prática de um certo tipo de rock impressionista, atmosférico, espectral, de guitarras reverberantes e ângulos imprecisos. Pensem numa versão musical da pintura de Turner. Ou googlem “Slowdive” ou “Lush”. A etiqueta aludia à tendência desse nicho para viver em circuito fechado, com concertos frequentados quase só pelos membros das bandas congéneres.

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