50 anos de música de intervenção: som da revolução, canções d’aqui e d’agora

O 25 de Abril teve música a acompanhá-lo, passo a passo. Chamaram-lhe de intervenção. A de ontem ganhou actualidade, a de hoje é fértil. “É música agarrada à vida”, diz A Garota Não.

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De cima para baixo e da esquerda para a direita: General D, Xutos & Pontapés, Slow J, José Mário Branco, Cara de Espelho, Carolina Deslandes, B Fachada, Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta), Capicua, Sérgio Godinho, Dino D’Santiago, A Garota Não, José Afonso, Luís Varatojo e Chullage Fotomontagem: Ana Carvalho

No início de tudo foi a música. Às 22h55 de 24 de Abril de 1974, ouviu-se nos Emissores Associados de Lisboa uma canção insuspeita, vencedora do Festival da Canção, o vozeirão de Paulo de Carvalho a irromper na noite. Depois, às 0h20 do dia que já era o inicial, ouviram-se passos na emissão da Renascença. Passos arrastados, gravados no saibro do jardim de um estúdio nos arredores de Paris. A voz abençoada de José Afonso, o coro imponente de José Mário Branco, Francisco Fanhais e Carlos “Bóris” Correia. Grândola, vila morena, revolução em marcha, imparável. No início de tudo, foram duas canções.

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