Diogo Freitas deixa administração da empresa que ficará com títulos da Global Media

O membro da administração da Notícias Ilimitadas abandona o cargo por “diferenças estratégicas”. Assegura que o negócio continua a decorrer sem problemas e continuará como investidor.

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O acordo para a compra de alguns títulos da Global Media foi anunciado em 6 de Fevereiro Paulo Pimenta
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O empresário Diogo Freitas confirmou à Lusa durante esta quarta-feira, 27 de Março, que saiu da administração da Notícias Ilimitadas devido a "diferenças estratégicas". A empresa foi constituída para ficar com títulos da Global Media como o Jornal de Notícias (JN) e a TSF.

"Abdiquei da administração porque há diferenças estratégicas (...). Eu não gosto de ser um entrave", explicou Diogo Freitas. O empresário, da Officetotal Food Brands, esclareceu que "não há qualquer problema" com o negócio, mas apenas uma visão diferente que deve ser o melhor caminho para o grupo, sublinhando que se mantém como investidor. O valor da operação não é conhecido.

O acordo para a compra de alguns títulos da Global Media foi anunciado em 6 de Fevereiro e agora, de acordo com o responsável, falta as autoridades competentes pronunciarem-se sobre o negócio. Dez dias depois, foi conhecido que a Páginas Civilizadas tinha chegado a acordo com o World Opportunity Fund (WOF) para encontrar uma solução para a Global Media, que passa pela saída do fundo. Até ao momento ainda não houve um desfecho.

Diogo Freitas liderou um grupo de investidores e empresários de Portugal que tinha manifestado interesse, a 12 de Janeiro, em comprar o Jornal de Notícias , O Jogo, JN História, Notícias Magazine, Evasões e Volta do Mundo, assim como a maioria do capital da Sociedade Notícias Direct e a TSF. O acordo prevê a compra do "JN, TSF e mais aquelas revistas pequenas", conforme o comunicado divulgado no mês passado.

"Somos um grupo de investidores e empresários de várias geografias de Portugal, com especial predominância para o Norte do país, que temos observado com preocupação os recentes acontecimentos que colocam em causa a estabilidade do Global Media Group, a reputação das suas marcas e o emprego dos seus profissionais", lia-se na proposta de intenção de compra dirigida aos accionistas da Global Media a que a Lusa teve acesso, em Janeiro último.

De acordo com o comunicado da altura, a compra destes títulos tinha como pressupostos a criação de uma nova sociedade para onde serão transferidas as marcas e os seus profissionais, tal como a cedência de parte do capital a uma cooperativa de jornalistas e demais trabalhadores.