Teorias da conspiração sobre Kate “alimentadas por China, Rússia e Irão”, acusam fontes do Governo

A questão deverá ser abordada, nesta segunda-feira, no Parlamento pelo vice-primeiro-ministro. Oliver Dowden vai falar aos legisladores sobre a ameaça que a China representa para a cibersegurança.

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Downing Street está a preparar novas sanções contra indivíduos chineses envolvidos na interferência estatal nos processos democráticos britânicos EPA/RITCHIE B. TONGO
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O Reino Unido está preocupado com a origem dos boatos que circularam na Internet sobre a saúde Kate, após a princesa de Gales ter sido submetida a uma “grande cirurgia abdominal” em Janeiro. Membros do Governo, ouvidos pelo The Telegraph, suspeitam que as acções tenham origem em Estados hostis com o objectivo de “desestabilizar a nação”.

As suspeitas foram verbalizadas depois de a princesa, de 42 anos, ter vindo a público revelar que, após a cirurgia, foi identificado um cancro, o que determinou que fosse submetida a “quimioterapia preventiva”. Pouco depois, as teorias da conspiração subiram de tom e misturaram um pouco de tudo: desde a veracidade do vídeo publicado até à teoria de que o cancro foi causado pela vacina contra a covid-19.

No rescaldo do fim-de-semana, funcionários do Governo admitiram temer haver Estados hostis, como a China, a Rússia e o Irão, a lançarem teorias da conspiração nas redes sociais sobre a saúde da princesa. “Parte do modus operandi dos Estados hostis é desestabilizar as coisas — seja minando a legitimidade das nossas eleições ou de outras instituições”, disse ao The Telegraph fonte do Governo que não é identificada.

E, a meses de eleições, a questão deverá ser abordada, nesta segunda-feira, no Parlamento pelo vice-primeiro-ministro. Oliver Dowden vai falar aos legisladores do país sobre a ameaça que a China representa para a cibersegurança.

Paralelamente, Downing Street está a preparar novas sanções contra indivíduos chineses envolvidos na interferência estatal nos processos democráticos britânicos, incluindo um ciberataque que teve acesso aos dados pessoais de milhões de eleitores.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, condenou os trolls das redes sociais por terem visado a princesa devido ao seu desaparecimento da vida pública. “Nas últimas semanas, a princesa foi sujeita a um intenso escrutínio e foi injustamente tratada por certos sectores dos meios de comunicação social em todo o mundo e nas redes sociais”, afirmou Sunak numa declaração no X.

Também Carlos III foi alvo de notícias falsas na Rússia, onde foi noticiada a sua morte, inclusive em órgãos controlados pelo Kremlin. As primeiras alegações falsas surgiram no Telegram, onde se lia uma declaração com o logótipo do Palácio de Buckingham: “O seguinte anúncio é feito pelas comunicações reais. O rei morreu inesperadamente ontem à tarde.”

A informação foi negada e, posteriormente, corrigida.

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