Final Fantasy VII Rebirth olha para o passado em busca de novos futuros

Os videojogos valem tanto como todas as outras indústrias culturais juntas. Impõem-se como narrativas determinantes do nosso século. Final Fantasy VII Rebirth é disso prova.

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Final Fantasy VII Rebirth
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Cloud Strife, o protagonista de Final Fantasy VII, está a perder o controlo. E os jogadores também não conseguem controlá-lo. Num dos vários momentos em que o videojogo de 1997 abdica da interactividade para avançar a narrativa, ele levanta a espada, quase em transe, e prepara-se para matar Aerith, o seu possível interesse romântico, que nos acompanha há mais de 20 horas, quase desde o início desta história. Mas, antes de fazer algo de que se iria arrepender, cai em si. Baixa a arma. Suspiramos. Os gráficos poligonais rudimentares, a lembrar Legos, dão lugar a uma sequência de vídeo. Aerith e Cloud olham-se nos olhos, ela sorri. De repente, Sephiroth, o principal antagonista, cai do céu e empala-a com a sua espada. Os videojogos e o seu público nunca mais foram os mesmos.

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