Jon Fosse: “A minha escrita tirou-me do ateísmo”
Deus, a escrita, Heidegger e o místico medieval Eckhart. E, claro, o Nobel. Condimentos de uma conversa num café de Oslo com o autor de Uma Brancura Luminosa, agora editado em Portugal.
O lugar combinado para a entrevista é um café amplo, com mesas e cadeiras antigas de madeira maciça, situado num pequeno edifício que tem também uma galeria de arte e um restaurante (português, por coincidência, com o nome Ultramar). Àquela hora da manhã, o café está quase vazio. Tem grandes paredes de vidro que deixam ver as veredas e os restos de neve espalhados entre as árvores do parque do Palácio Real de Oslo. E vê-se também a casa cor-de-rosa, conhecida como “Grotten” (gruta, caverna), onde desde 2012 vive Jon Fosse – um edifício do século XIX que, desde 1920, é atribuído, por decreto real, a título honorário, como residência permanente a um destacado artista norueguês.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.