Um editor do século XVI que fez uma impressão-pirata d’Os Lusíadas

Sabia-se que o pelicano gravado no frontispício da edição de 1572 aparecia voltado para a direita em alguns exemplares. Afinal são falsos e foram impressos após a morte de Camões.

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Uma primeira edição de Os Lusíadas, propriedade da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra ADRIANO MIRANDA
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No ano em que começam a comemorar-se os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, que não se sabe ao certo quando nasceu, e no dia em que se assinala mais um aniversário da data de publicação d’Os Lusíadas (também ela, na verdade, ignorada), há pelo menos um enigma secular que pode mesmo ter sido resolvido: novos dados parecem indicar de forma concludente que a primeira edição da épica camoniana, saída dos prelos de António Gonçalves em 1572, em Lisboa, foi mesmo objecto de uma contrafacção, produzida poucos anos depois, quando o poeta já tinha morrido.

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