“Devido a um problema editorial, esta fotografia [da princesa de Gales Kate e creditada ao príncipe William) foi retirada dos sistemas da AFP e já não pode ser utilizada de forma alguma. Por favor, retire-a imediatamente de todos os seus serviços online e deixe de a utilizar.”
Além da agência francesa, a Reuters e a AP divulgaram idêntica informação, após suspeitas de manipulação da imagem — a primeira fotografia oficial de Kate Middleton após uma cirurgia abdominal — distribuída pelo Palácio de Kensington e que dizia ter sido captada pelo príncipe William.
Para o comentador real Chris Ship, onde há fumo há fogo: “Nunca fui muito de teorias da conspiração, mas se AP, AFP, Reuters e outras agências de fotografia estão suficientemente preocupadas para a remover e pedir aos clientes que a apaguem, há questões sérias para o Palácio de Kensington”, escreveu no Twitter.
No caso da Reuters, a agência explica que “não conseguiu apurar de imediato como, porquê ou por quem foi efectuada a alteração”, mas que o seu Livro de Estilo determina, por exemplo, que “a ferramenta de edição Photoshop só pode ser utilizada em casos muito limitados”, nomeadamente para cortar e dimensionar imagens ou equilibrar o tom e a cor.
A ideia de que Kensington “fabricou” uma imagem para mostrar Kate no Dia da Mãe, que se assinala no Reino Unido três domingos antes da Páscoa, está a gerar uma forte especulação sobre o estado de saúde da princesa, que foi submetida a uma cirurgia abdominal programada em Janeiro e que, deste então, se tem mantido longe da agenda de trabalho da família real.
Na imagem divulgada, Kate surge sentada numa cadeira ao meio, vestida de forma descontraída, a abraçar os filhos, George, de 10 anos, Charlotte, de 8, e Louis, com 5. Mas, vários detalhes revelam que a imagem foi trabalhada digitalmente, nomeadamente a mão desfocada com que a princesa abraça o filho mais novo ou a sombra vermelha na saia de Charlotte. Muitos também repararam na ausência do anel de noivado que a mulher de William usa sempre.
A situação médica da princesa continua a ser tratada com maior secretismo do que a do próprio rei. Carlos III foi diagnosticado com um cancro, mas mantém as funções de chefe de Estado e tem surgido frequentemente nas redes sociais, inclusive para agradecer todo o apoio.