André Ventura responsabiliza bancos por supostos financiamentos ilegais do Chega

TVI avançou que Chega violou a lei dos dos donativos e recebido “eventuais financiamentos proibidos” nas contas de 2019.

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André Ventura, líder do Chega LUSA/PAULO NOVAIS
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André Ventura negou neste sábado que Chega tenha violado a lei dos donativos e recebido “eventuais financiamentos proibidos” nas contas de 2019, segundo revelou a TVI, às contas do partido depositadas na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP), que funciona junto do Tribunal Constitucional. O Chega, avançou a TVI, deixou de entregar as listas de donativos nos anos mais recentes (2021 e 2022).

“A Entidade de Contas não diz que havia suspeita de financiamento ilegal. Diz é que, por não terem sido identificadas algumas verbas a auditora não conseguiu fazer esse trabalho. Fomos nós que dissemos isso à auditora”, começou por explicar Ventura aos jornalistas à chegada a um almoço comício no distrito de Coimbra

Segundo a notícia da TVI, a auditoria e o relatório da ECFP censuram as contas do partido onde se revelou impossível saber quem são os doadores do partido. Centenas de donativos estão apenas identificados nos extractos bancários com o nome, genérico, da aplicação digital de pagamentos e donativos usada pelo Chega.

“Em 2019 o Chega tinha acabado de ser constituído e tinha um sistema que ainda hoje muitos partidos têm que é de mera transferência. Ou seja: não é um sistema de recolhe de documentos, há um Nib e as pessoas transferem para lá. O chega, como faz sempre, entregou à entidade de contas todas as transferências, como os nomes extractos e etc. Ou que é que acontece: houve alguns desses extractos que não foram possíveis de identificar”, acrescentou

Face a isto, continuou Ventura, “o Chega foi ao banco e disse que era preciso identificar estas pessoas e o banco assim o fez”. “Houve alguns casos em que o banco se recusou a faze-lo. Portanto, nós não pudemos fazer mais nada. O banco é que se recusou a faze-lo. Portanto, nós não pudemos fazer mais nada”, disse ainda.

O presidente do Chega garantiu ainda que a Autoridade Tributária “recebe todos os meses todos os documentos dos que fazem donativos” ao partido.

“É falso dizer-se que há qualquer suspeita escondida. (…) O Chega é o partido mais transparente do país. Nós já insistimos duas vezes com os bancos para dizerem quem são as pessoas. Eles não o fazem. Se não o fizerem até este processo estar fechado, somos nós que vamos recorrer ao Ministério Público”, garantiu, manifestando disponibilidade para entregar aos órgãos de comunicação as listas dos financiamentos do partido, o que já fez.

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