Um movimento de guardas prisionais cumpre esta quinta-feira, 22 de Fevereiro, uma vigília em frente ao Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) e promete "uma marcha fúnebre" até ao Ministério da Justiça, para exigir melhores condições e uma equiparação ao suplemento de missão atribuído à Polícia Judiciária.

Durante a iniciativa, que tem início às 14h e decorre em dia de greve nacional, os guardas prisionais têm previsto depositar à porta do Ministério da Justiça (MJ) um caixão, em alusão ao "velório/enterro do corpo da guarda prisional", num protesto para exigir melhoria das condições de trabalho e a equiparação ao suplemento de missão que foi atribuído PJ e que é também reivindicado há mais de um mês pela Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR).

"Queremos saber o porquê da diferenciação com o suplemento de missão atribuído à PJ, se [a ministra] sabe qual a missão do corpo da guarda prisional, se conhece algo mais penoso do que trabalhar num estabelecimento prisional sem condições de trabalho nem efectivo. E vamos exigir que alguém da parte do Ministério [da Justiça] nos dê uma resposta", lê-se num manifesto sobre a acção de protesto.

A iniciativa desta quinta-feira é promovida por um movimento não sindicalizado de guardas, apesar de ter o apoio do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) e da Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP).

Os guardas prisionais têm efectuado várias acções de protesto nas últimas semanas, estando actualmente em curso uma greve às diligências até dia 25, além de uma greve geral marcada para esta quinta-feira, que foi convocada pelo SNCGP.