Aos 100 anos, Taghi Askari foi o nadador mais velho do campeonato mundial

O iraniano será o mais velho dos concorrentes do Campeonato Mundial de Mestres Aquáticos, que decorre de 23 de Fevereiro até 3 de Março, em Doha, no Qatar. “O mergulho é uma paixão”, declara.

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Taghi Askari nasceu no Irão Reuters/EVGENIA NOVOZHENINA
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Taghi Askari Reuters/EVGENIA NOVOZHENINA
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Taghi Askari recebeu uma medalha simbólica Reuters/EVGENIA NOVOZHENINA
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Taghi Askari fez um mergulho de três metros Reuters/EVGENIA NOVOZHENINA
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Taghi Askari começou a mergulhar na adolescência Reuters/EVGENIA NOVOZHENINA
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Taghi Askari Reuters/EVGENIA NOVOZHENINA
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O português Diogo Ribeiro pode ter sido o campeão mundial de natação, mas não foi o único protagonista da competição, que aconteceu em Doha, no Qatar. Aos 100 anos, o iraniano Taghi Askari foi o nadador mais velho a saltar para a piscina, em memória dos tempos de glória. E é também a prova de que o desporto não tem idade. “Sempre adorei mergulhar. Nada mudou entre 1951 e agora, excepto o meu desempenho”, declarou, com humor, à organização do campeonato.

Foi em 1951 que o nadador iraniano arrecadou medalhas de bronze e prata nos primeiros Jogos Asiáticos de sempre, quando participaram 489 atletas em seis modalidades — agora são mais de 11 mil divididos por 40 desportos. Passaram-se mais de 70 anos e voltou a brilhar na piscina, na passada sexta-feira, com um salto de três metros. No final, recebeu uma medalha e emocionou-se.

“Para mim, o mergulho é uma paixão desde a minha adolescência até aos dias de hoje”, frisou, numa entrevista ao World Aquatics. Taghi Askari cresceu no Irão e foi numa piscina perto de casa que começou a dar os primeiros mergulhos ao lado de outras crianças. Para ele, foi o início de uma paixão que havia de levar a outro nível.

“Quando competia a nível nacional, o último campeonato que fiz foi quando tinha 41 anos”, recorda. E desvenda o veredicto dessa competição de 1983: “Consegui uma medalha de ouro a nível nacional e, depois disso, despedi-me do desporto — mas pelo menos com uma medalha de ouro.”

Desde então, a modalidade tem estado em constante mutação. “Quando os Jogos [Asiáticos] foram realizados em Teerão, em 1974, os nadadores chineses tinham entrado neste belo desporto e começaram a melhorar muito — nós não conseguimos apanhá-los, pois mantivemo-nos no mesmo nível em que começámos”, observa.

Aos 100 anos, será o mais velho dos concorrentes do Campeonato Mundial de Mestres Aquáticos que decorre de 23 de Fevereiro até 3 de Março, dedicado a atletas de topo com mais de 25 anos. Aos outros atletas mais jovens, deixa um conselho: “A única coisa que vos quero dizer é que adorem este desporto e que se mantenham saudáveis. Isto pode ser uma boa motivação.”

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