Técnicos das cooperativas de agricultores denunciam erros do Governo

Manifesto acusa o Ministério da Agricultura de “insensibilidade”. Dizem-se “totalmente esgotados”, após “uma campanha [agrícola] que correu mal”.

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Agricultores portugueses bloqueiam a fronteira com a Espanha em forma de protesto Maria Abranches
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O 10º Encontro Nacional de Técnicos da Confagri, a Confederação das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal, que está a decorrer em Évora, foi palco, esta quinta-feira, da apresentação de um manifesto, de quatro páginas, subscrito por cerca de 500 técnicos de associações e cooperativas agrícolas. Acusam o Ministério da Agricultura de “insensibilidade” e dizem-se “totalmente esgotados”, após “uma campanha [agrícola] que correu mal”.

Pedro Pires, técnico da Associação dos Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, em Montalegre, explicou ao PÚBLICO as razões deste movimento de contestação ao Ministério da Agricultura, que se prendem com a “falta de coordenação” entre o GPP - Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral, a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), que é a autoridade de gestão do PEPAC Portugal no continente, e o IFAP.

O documento final, a que o PÚBLICO teve acesso, foi lido pelo próprio Pedro Pires no Encontro. Fala de 2023 como “um ano fatídico para os agricultores, técnicos, cooperativas, associações e confederações”, devido a “erros” e vários problemas técnicos “impeditivos de submissão de documentos” das candidaturas aos apoios agrícolas.

Assumem que foi “uma campanha extenuante, esgotante” resultante do “falhanço no planeamento, acompanhamento e objectivos e das estratégias tomadas pela União Europeia e por Portugal”. E reconhecem que os “agricultores estão defraudados e sem apoios”, denunciando a “falta de respeito” pelo seu trabalho e “insensibilidade para com as dificuldades e erros que provavelmente [ainda] vão aparecer”.

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