A tecnologia ao serviço das pessoas. Transformar dados em ação!

Existem em todo o território nacional exemplos de sucesso de iniciativas de smart cities, isto é, autarquias que colocaram a tecnologia ao serviço das pessoas.

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A história de Portugal mostra-nos que é na audácia de arriscar e de experimentar que se atingem resultados. É nesta vontade de arriscar que se alia a ciência à criatividade e à tecnologia com vista à sustentabilidade e à qualidade de vida e se afirma Portugal como um país pioneiro no desenho e concretização de políticas públicas para territórios inteligentes.

Enfrentam-se desafios complexos, tais como o envelhecimento da população e as mudanças climáticas, que convocam líderes locais, regionais e nacionais a comprometerem-se com a boa gestão de recursos, serviços eficientes e inclusivos.

Nesta senda, é possível constatar que existem em todo o território nacional exemplos de sucesso de iniciativas de smart cities, isto é, autarquias que colocaram a tecnologia ao serviço das pessoas. Estas autarquias, de que são exemplo o Porto ou Lagoa, compreenderam que os dados que os seus sistemas geram são fundamentais para conhecer o território em detalhe e geri-lo eficientemente. Compreenderam também que o digital e as diversas ferramentas tecnológicas podem, não só ajudar a prever cenários futuros, como melhorar a vida dos cidadãos e das cidadãs e dar-lhes novas ferramentas de participação cívica.

Simultaneamente, foram emergindo no país dezenas de projetos de inovação e desenvolvimento e empresas focadas em novos equipamentos e soluções de base tecnológica que devolvem mais eficácia à gestão urbana. Da gestão da iluminação pública à água, da mobilidade sustentável e tráfego à economia circular, da assistência na saúde ao consumo energético, Portugal tem um ecossistema vibrante no domínio das smart city impossível de ignorar.

Mas neste domínio, como em todos, o verdadeiro progresso não se compadece com esforços isolados, que fragilizam a eficácia de uma visão estratégica integrada. O Governo tinha por isso um desígnio: fazer com que projetos e protagonistas que convergem para a inteligência territorial e o desenvolvimento sustentável comunicassem entre si, partilhassem recursos, ganhassem escala e projetassem Portugal rumo à sustentabilidade, afirmando a sua liderança na transformação digital.

É deste desígnio que nasce a Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes (ENTI), uma das primeiras a nível internacional. A ENTI dá corpo ao compromisso político do Governo para com a transformação digital do país, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, e beneficiará de 60 milhões de euros de investimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Abrange setores cruciais como energias renováveis, indústria e inovação, cidades e comunidades sustentáveis e ação climática, promovendo o desenvolvimento económico e a competitividade, bem como a coesão social e territorial.

A visão do Governo nesta área é que em 2030 seja possível garantir territórios mais inteligentes e conectados, e simultaneamente pôr em prática um novo paradigma de desenho e gestão de políticas públicas impulsionado por dados. Tal como é o lema deste documento de política pública - transformar dados em ação.

Neste século, já não é possível construir políticas robustas se não houver dados, evidência científica, tecnologia e uma visão integrada e humanista do território.

Esta não é apenas mais uma estratégia nacional: é um compromisso tangível, com projetos, e com a cooperação alargada e sinergética entre agentes políticos, empresas, especialistas e pessoas que almejam pensar a sociedade do presente enquadrada num território do futuro.

É o momento para Portugal transformar os desafios dos territórios do futuro em oportunidades de inovação tecnológica e social; aproveitar o potencial da Estratégia Nacional de Territórios Inteligentes para moldar os destinos do país, com o apoio do digital, rumo a uma maior prosperidade da nossa sociedade.

O autor escreve segundo o novo acordo ortográfico

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